quarta-feira, 31 de julho de 2013

Vacina pelo nariz





Agulhas costumam causar pavor na criançada — e até em alguns marmanjos — e preocupar autoridades médicas em função do risco de contaminação. A busca para aposentá-las das vacinas avança com um trabalho conduzido na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.

O biólogo Jony Takao Yoshida acoplou antígenos de hepatite B — que geram a resposta da vacina — a moléculas chamadas quitosanas, obtidas a partir de uma substância encontrada na carapaça de camarões e afins. “A quitosana gruda na mucosa do nariz e impede que o antígeno seja eliminado ou varrido em direção ao estômago, onde é destruído”, conta. Dessa forma, a partícula que incita a produção de anticorpos consegue chegar ao sangue. “Essa estratégia poderia ser usada em qualquer tipo de vacina”, diz Yoshida.


A Agulha pode sumir

Na vacina seu princípio ativo é combinado a uma molécula, a quitosana, que gruda na mucosa do nariz e permite que o antígeno, em vez de ser expulso, caia na circulação.


Anestesia em gel

Se você tem trauma de dentista, é provável que o motivo seja o motorzinho ou a injeção de anestésico. E, no que toca à picada para evitar dores, o futuro há de ser melhor.


A bioquímica Eneida de Paula lidera na Universidade Estadual de Campinas uma linha de pesquisa focada em anestésicos que, um dia, quem sabe, não precisarão ser infiltrados com agulha. A proposta é encapsular princípios ativos de géis que já estão no mercado para ampliar seu efeito. “Ao usar substâncias carreadoras, aumentamos a potência contra a dor e reduzimos pela metade a dose de anestésico, o que diminui o risco de reações causadas pela toxicidade da anestesia”, conta Eneida.


A dificuldade hoje é que o produto ultrapasse a mucosa e o osso para ser devidamente absorvido. Por enquanto, apesar das vantagens, ele ainda teria de ser infiltrado.


No dentista

E no dentista o anestésico é encapsulado dentro de moléculas, os carreadores. Mais do que levar a droga, eles ampliam e prolongam sua ação. Isso permitiria criar géis efetivos para cortar a dor.


Fonte Saúde

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