segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um refrigerante por dia aumenta risco de câncer de próstata



Homens que consomem uma lata de refrigerante por dia estão sujeitos a um risco maior de desenvolver câncer de próstata, segundo um estudo sueco anunciado nesta segunda-feira.

"Entre os homens que consomem uma grande quantidade de refrigerantes ou outras bebidas com adição de açúcar, constatamos um risco de câncer de próstata aproximadamente 40% maior", disse à AFP uma das autoras do estudo, Isabel Drake.

O estudo, que será publicado na próxima edição do American Journal of Clinical Nutrition, baseia-se no acompanhamento de mais de 8.000 homens da região da cidade de Malmö (sul da Suécia), com idade entre 45 e 73 anos, durante uma média de 15 anos. Todos anotaram minuciosamente os alimentos e bebidas que ingeriram.

Aqueles que beberam um refrigerante (330 ml) por dia estiveram 40% mais propensos a desenvolver câncer de próstata, necessitando de tratamento.

Além disso, aqueles que tiveram uma dieta rica em arroz e massas apresentaram 31% mais chances de desenvolver formas mais benignas do câncer. Este risco foi aumentado em 38% para aqueles que ingeriram grandes quantidades de açúcar no café da manhã, relatou a pesquisadora.

Estudos anteriores já haviam indicado que os chineses e os japoneses que viviam nos Estados Unidos, o maior consumidor de refrigerantes do mundo, desenvolveram câncer de próstata com mais frequência do que os compatriotas que permaneceram em seu país.

Uma pesquisa aprofundada sobre a resposta a diferentes dietas de acordo com a genética torna possível "adaptar as recomendações em termos de comida e bebida para certos grupos de alto risco", considerou Drake.

Fonte: Info

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

É possível retardar o envelhecimento?



De todos os atributos físicos que declinam com o passar dos anos, a velocidade é o que mais se deteriora. Essa situação fica nítida quando colocamos um time de jogadores de 20 anos de idade para enfrentar uma equipe de atletas veteranos. Os arranques, as mudanças de direção executadas pelos jovens dão a impressão de que os mais velhos estão “grudados” no chão.

Só resta nos conformarmos? Ou será que há como lutar contra isso?

Primeiro, é preciso entender por que ficamos mais lentos à medida que envelhecemos. Um fator importante nessa queda de rendimento é a perda da massa muscular, um processo chamado sarcopenia. A maioria de nós terá uma diminuição de 10% dos tecidos musculares entre os 25 e 50 anos. Após os 80 anos, a redução chegará a 45%.

Para exemplificar esse declínio: o bíceps de um bebê possui cerca 500.000 fibras musculares, enquanto o de um homem de 80 anos terá somente 300.000.

À medida que envelhecemos, também diminuímos a produção do hormônio do crescimento (GH), o que reduz o nível de síntese de proteínas e diminui a capacidade de renovação celular. Nosso corpo tem basicamente dois tipos de fibras musculares, as de contração rápida (menos resistentes, porém potentes) e as de contração lenta (mais resistentes e bem menos potentes). Adivinhe qual o tipo que mais decai com a idade? As fibras de contração rápida. Por isso os especialistas dizem que é mais fácil manter a resistência do que a velocidade.

Durante muito tempo acreditou-se que as corridas de longa duração e baixa intensidade seriam ideais para cuidar da saúde na idade mais avançada. Hoje se sabem, no entanto (e isso já foi divulgado por Chegada), a liberação do hormônio GH é diretamente proporcional à intensidade do exercício. E o recrutamento das fibras de contração rápida também depende da intensidade do esforço.

Isso coloca em xeque a crença de que “velhinhos” não podem realizar atividades de muita explosão. Na verdade, é o contrário. Quanto mais idosos, mais necessitamos de estímulos explosivos para retardar o processo natural de envelhecimento.

Claro que os praticantes com mais idade precisam antes ser submetidos a todos os exames médicos e a um período de adaptação a protocolos de treino mais exigentes. Muitos estudos, porém, vêm testando idosos e com muito sucesso.

E há diversas possibilidades para que possamos imprimir um grau de esforço elevado e com menor impacto: bicicleta, hidroginástica e a natação são opções interessantes neste sentido.

Em resumo, não adianta atribuir toda a culpa pela deterioração da condição física à idade. O envelhecimento tem um papel importante nisso, claro, mas parte dessa queda é resultado da ausência de estímulos adequados. E é possível retardar esse processo. Basta acelerar – no treino – para desacelerar – na idade!

Fonte: Veja

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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Orgânicos vs. tradicionais


Em um primeiro momento, a notícia caiu como uma bomba. Depois de revisar nada menos do que 237 pesquisas, estudiosos da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, concluíram que desembolsar uma grana extra para ter alimentos orgânicos na despensa pode não valer a pena. É que eles não identificaram, na maioria dos casos, diferenças significativas na concentração de vitaminas e afins. Justiça seja feita, o fósforo - mineral que, em parceria com o cálcio, participa da formação dos ossos - foi detectado em maiores doses nos orgânicos. Porém, como pouquíssimas pessoas apresentam carência desse mineral, o achado não foi considerado excepcional. 

"A investigação não surpreende. Outros trabalhos já revelaram que o orgânico não reúne mais nutrientes. Acontece que a qualidade do alimento vai além da quantidade de substâncias presentes nele", analisa Elaine de Azevedo, nutricionista da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), em Mato Grosso do Sul, e consultora do Portal Orgânico. Por exemplo: em uma lavoura adubada com fertilizantes sintéticos há muito nitrogênio, o que leva a altas taxas de proteína no vegetal plantado ali. Parece bom, não é? "Em contrapartida, esse elemento deixa a planta bastante vulnerável a doenças e com elevado teor de nitrato, que é tóxico", avisa Elaine. 

Isso sem contar que, em certas situações, os itens orgânicos são, sim, mais ricos em nutrientes. Em sua tese de doutorado, a química Sônia Stertz, da Universidade Federal do Paraná, encontrou menos substâncias benéficas nas versões convencionais de tomate, batata, morango, agrião e couve-flor. "Contudo, isso depende de fatores como clima e solo. E há grandes variações de um produtor para outro", pondera a cientista. O morango orgânico, para ter ideia, esbanjou 342% a mais de ferro, 183% de magnésio, 80% de potássio extra, 34% de cálcio, 26% de fibras e 24% de proteínas. 

Contradições nutricionais à parte, segundo Sônia Stertz, um artigo recente indica que os alimentos cultivados de acordo com o sistema orgânico tendem a apresentar níveis superiores de fitoquímicos. E esses compostos bioativos têm ação antioxidante, ou seja, são capazes de combater radicais livres e, consequentemente, evitar males que vão desde câncer até doenças cardiovasculares. Estamos falando do licopeno do tomate, da isoflavona da soja, do sulforafane das couves... 

Isso é bastante plausível porque o vegetal sem agrotóxicos precisa acionar seu mecanismo natural de defesa o tempo inteiro para se proteger de seus inimigos. Esse processo, por sua vez, estimula a fabricação dos aclamados fitoquímicos. Na revisão americana, outro destaque ficou por conta da comparação entre os níveis de agrotóxicos encontrados nos alimentos orgânicos e nos convencionais. No geral, os primeiros se mostraram menos propensos à contaminação por pesticidas. 

"De fato, essa é a principal diferença entre as duas opções. Os orgânicos são muito mais seguros", afirma a nutricionista Semíramis Domene, professora da Universidade Federal de São Paulo. "Os pesticidas são desenvolvidos para atacar organismos vivos em geral. Portanto, não afetam apenas as pragas", esclarece. A triste realidade é que também estamos sob sua mira. 

O perigo cresce quando a exposição a essas substâncias acontece dia após dia. Situação que, convenhamos, não é improvável de acontecer - basta pensar nas frutas do café da manhã, nas folhas do almoço, nos legumes da sopa servida no jantar e por aí vai. "O contato frequente com os agrotóxicos aumenta o risco de uma série de problemas", aponta Luiz Cláudio Meirelles, gerente-geral de toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

Fonte: Planeta Sustentável 

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