sábado, 29 de setembro de 2007

Cientistas extraem DNA de pêlo de mamute congelado


Uma técnica rápida para isolar o DNA de fios de cabelo ajudou um grupo de pesquisadores a reunir um grande número de informações novas sobre os mamutes.

Uma equipe internacional de pesquisa disse que o processo deve funcionar em outros animais já extintos, permitindo que sua estrutura genética seja estudada em detalhe pela primeira vez.
O DNA do mamute foi retirado do interior dos pêlos que, há muito tempo, acredita-se, seriam uma fonte pobre da "molécula da vida".
Mas o grupo de pesquisadores disse à revista Science que o material de queratina do interior do fio desacelera a deterioração e restringe a contaminação.
Acreditava-se que "todo o DNA estava na raíz e que o fio (de cabelo) ou não tinha DNA, ou tinha (material genético) de qualidade muito baixa", explicou Tom Gilbert, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
"É por isso que quando nós analisamos vários mamutes, achamos que teríamos sorte se obtivéssemos uma qualidade suficiente de pêlos de um deles. Basicamente, para cada mamute analisado, funcionou. Isso nos surpreendeu", disse ele à BBC.


Ossos e músculos


A busca tradicional por DNA em amostras antigas começa por ossos e músculos preservados, mas qualquer material genético costuma se desagregar logo depois da morte e é passível de contaminação por bactéria.
Ter uma nova fonte de grandes quantidades de DNA bem preservado deve dar um verdadeiro estímulo à pesquisa científica, disse Gilbert.
A equipe analisou o DNA usando uma tecnologia conhecida como "sequencing-by-synthesis" (SBS), mas sua aplicação ao cabelo no contexto das amostras antigas é uma novidade.
"Como estrutura, o cabelo é feito deste material chamado queratina", explicou Gilbert, que trabalha no Centro de Genética Antiga de Copenhague.
"É um tipo de proteína que, de uma forma muito simplista, pode ser vista como um plástico em que o DNA se insere, e que o protege."
Os cientistas acham que a abordagem também vai funcionar para outros itens feitos de proteínas duráveis como chifres, unhas e até penas.
Eles dizem que acervos de museus possuem inúmeras amostras de criaturas extintas recentemente, sobre as quais os pesquisadores adorariam obter informações genéticas, mas nunca buscaram porque acreditavam que seu DNA estaria corrompido e não poderia ser analisado.
Gilbert e seus colegas usaram o DNA mitocondrial, um tipo especial de DNA que não fica no núcleo da célula e é empregado freqüentemente para medir a diversidade genética das populações, para saber o parentesco de organismos em diferentes grupos.
Antes só dois genomas mitocondriais haviam sido divulgados, mas o trabalho científico na Science menciona a produção de dez novos genomas, inclusive um do primeiro mamute estudado - o chamado mamute Adão, que foi encontrado em 1799 e foi armazenado em temperatura ambiente nos últimos 200 anos.
"Da nossa experiência trabalhando com amostras antigas, quanto mais baixa a temperatura em que elas são preservadas, melhor a qualidade do DNA. Então estamos procurando animais de permafrost (terreno em que a temperatura permanece a menos de zero graus centígrados durante o ano todo)", disseram os cientistas.
"Há também muitos velhos bisões e múmias de cavalos na permafrost. Não são apenas animais, também há seres humanos; há muitas múmias com cabelo em várias partes do mundo, do Egito e América do Sul a outras melhor preservadas de áreas frias como a Groenlândia."
Sobre a possibilidade de clonar uma criatura extinta, Gilbert disse que mesmo que se consiga identificar totalmente o material genético de um mamute, não existe ainda tecnologia para transformar informação bioquímica em um animal vivo.

Fonte:BBCBrasil

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sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Cientistas propõem milhões de canos no oceano contra aquecimento

Dois dos principais ecologistas da Grã-Bretanha acreditam que é hora de desenvolver uma solução técnica rápida para mudanças climáticas.

Em artigo na revista Nature, o diretor do Museu de Ciência em Londres, Chris Rapley, e James Lovelock, criador da teoria de Gaia (que vê a Terra como um organismo vivo capaz de se auto-regular), sugerem que se procure aumentar a absorção de CO2 pelos oceanos. Com o uso de tubos verticais gigantescos, a água da superfície e das profundezas do mar seriam misturadas para fertilizar algas, que absorveriam CO2 da atmosfera. As águas frias do fundo do mar são ricas em nutrientes. Para promover a mistura da água, os canos flutuariam livremente, criando um fluxo de água de 100 a 200 metros de profundidade para a superfície.

Testes

A Atmocean acredita que uma das formas de vida que podem se beneficiar do uso dos canos é o salp, um microorganismo que excreta carbono em fezes que se depositam no fundo do mar, talvez armazenando carbono lá por milênios. A idéia já está sendo testada pela companhia americana Atmocean. Seu diretor, Phil Kithil, calcula que a instalação de 134 milhões de canos pode, potencialmente, retirar cerca de um terço do dióxido de carbono produzido por atividades humanas a cada ano. Mas ele admite que as pesquisas ainda estão apenas começando. "O problema que nos preocupa mais é a acidificação. Nós estamos trazendo para a superfície níveis mais altos de CO2 junto com os nutrientes", diz Kithil.
A empresa afirma que uma outra vantagem de diminuir a temperatura das águas na superfície em regiões como o Golfo do México poderia ser uma redução do número de furacões, que precisam de águas mais aquecidas para se formar.

Nuvens

L
ovelock e Rapley sugerem ainda que os canos no oceano podem estimular também o crescimento de microorganismos que produzem sulfureto de dimetilo, uma substância que contribui para a formação de nuvens sobre o oceano, refletindo a luz do sol para fora da superfície da terra e ajudando na refrigeração do planeta. Rapley e Lovelock dizem que duvidam que os planos existentes para reduzir as emissões de carbono sejam suficientemente rápidos para combater as mudanças climáticas. "Nós não vamos salvar o planeta por abordagens usuais como o Protocolo de Kyoto ou energia renovável", disse Lovelock à BBC.

Fonte: BBCBrasil

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domingo, 23 de setembro de 2007

Sonda da Nasa detecta possíveis cavernas em Marte

WASHINGTON (Reuters), 21 de setembro - A sonda espacial Mars Odyssey encontrou evidências do que parecem ser sete cavernas na encosta de um vulcão marciano, disse a agência espacial Nasa na sexta-feira.

A sonda enviou imagens do que aparentemente são aberturas muito escuras e quase circulares, que parecem levar para espaços subterrâneos.

"Elas são mais frias que a superfície em volta durante o dia e mais quentes à noite", disse Glen Cushing, da equipe de astrogeologia da Pesquisa Geológica dos EUA e da Universidade do Norte do Arizona.

"Seu comportamento térmico não é tão constante quanto o das grandes cavernas da Terra, que muitas vezes mantêm uma temperatura bastante constante, mas é consistente com a possibilidade de se tratar de buracos profundos na superfície."

Os buracos, que foram apelidados pelos pesquisadores de "sete irmãs", estão numa das maiores altitudes de Marte, num vulcão chamado Arsia Mons, próximo à montanha mais alta do planeta, explicaram os pesquisadores na revista Geophysical Research Letters.

"Sejam apenas fossas verticais profundas ou aberturas para cavernas espaçosas, são entradas para o subterrâneo de Marte", disse Tim Titus, pesquisador da USGS.

"Em algum lugar de Marte, cavernas podem proporcionar um nicho protegido para a vida, no passado ou na atualidade, ou abrigo para seres humanos no futuro."

Mas não essas cavernas.

"Elas estão numa altitude tão grande que são péssimas candidatas seja para o uso como habitação humana seja para ter vida microbiana", afirmou Cushing. "Mesmo que a vida já tenha existido em Marte, ela não deve ter migrado até aquela altitude."

Por Maggie Fox

Fonte:Click21

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sábado, 22 de setembro de 2007

Amazônia 'resiste melhor à mudança do clima do que se pensa'

Um estudo publicado nesta sexta-feira (21/09/07) pela revista Science sugere que a Amazônia pode ser mais resistente à mudança climática do que se pensava.


A pesquisa observou que a folhagem das plantas se tornou "mais verde" mesmo sob uma seca histórica, que fez os rios amazônicos atingirem seu menor nível em décadas.
A equipe da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Arizona observou imagens feitas por satélite entre julho e setembro de 2005, analisando a quantidade de clorofila utilizada pelas plantas durante o seu processo de fotossíntese.
"Essas descobertas sugerem que a floresta amazônica, embora ameaçada pelo desmatamento causado pelo homem, incêndios, e possivelmente por secas mais severas e longas, pode ser mais resistente às mudanças climáticas que modelos de ecossistema assumem", eles escreveram.
Pesquisas anteriores concluíram que mesmo estiagens curtas podem colaborar para o processo de transformação da Amazônia em savana – fenômeno agravado se o clima se tornar definitivamente mais quente e seco.


Longo prazo


Um estudo publicado nesta sexta-feira pela revista Science sugere que a Amazônia pode ser mais resistente à mudança climática do que se pensava.
A pesquisa observou que a folhagem das plantas se tornou "mais verde" mesmo sob uma seca histórica, que fez os rios amazônicos atingirem seu menor nível em décadas.
A equipe da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Arizona observou imagens feitas por satélite entre julho e setembro de 2005, analisando a quantidade de clorofila utilizada pelas plantas durante o seu processo de fotossíntese.
"Essas descobertas sugerem que a floresta amazônica, embora ameaçada pelo desmatamento causado pelo homem, incêndios, e possivelmente por secas mais severas e longas, pode ser mais resistente às mudanças climáticas que modelos de ecossistema assumem", eles escreveram.
Pesquisas anteriores concluíram que mesmo estiagens curtas podem colaborar para o processo de transformação da Amazônia em savana – fenômeno agravado se o clima se tornar definitivamente mais quente e seco.
Longo prazo
Em entrevista à agência Fapesp, um dos autores do estudo, o professor Humberto da Rocha, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, ofereceu duas explicações para o verdejar das plantas, apesar da pouca disponibilidade de água.
Primeiro, o processo de fotossíntese (transformação de energia solar em energia química nas plantas) se beneficiou da maior disponibilidade da luz solar, ele afirmou.
Além disso, as árvores da floresta tropical podem ter se adaptado evolutivamente para captar água em reservatórios de mais de dez metros de profundidade.
Mas o professor observou que a pesquisa não alterou a reação da floresta a outros "estresses climáticos", como queimadas e desmatamento, e que novos estudos precisam ser conduzidos para examinar os efeitos da mudança climática por períodos mais longos.
"Nossa expectativa é que o fenômeno identificado não invalide as previsões feitas para a savanização da Amazônia caso o clima se torne sistematicamente mais seco e quente, como alguns modelos globais estão prevendo", afirmou ele.
"A seca da Amazônia em 2005 foi muito intensa, mas, por ter sido um evento transitório, não se enquadra exatamente nessas premissas (de longo prazo)."
De acordo com o pesquisador, as conclusões do novo estudo podem ter "impacto nas previsões climáticas dos próximos 10 ou 20 anos".

Fonte: BBCBrasil

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sábado, 15 de setembro de 2007

Ilha das Flores

Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho

Gênero Documentário, Experimental
Diretor Jorge Furtado
Elenco Ciça Reckziegel
Ano 1989
Duração 13 min

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sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Colisão no espaço teria levado à extinção de dinossauros, diz estudo

Uma grande colisão ocorrida há 160 milhões de anos no espaço pode ter iniciado o processo que levou à extinção dos dinossauros, de acordo com um estudo de cientistas americanos e checos.


Um 'engavetamento' de asteróides causou a colisão que lançou fragmentos pelo sistema solar, e um deles mais tarde se chocou contra a Terra iniciando um processo que acabou com os dinossauros.
Outros fragmentos caíram na Lua, em Vênus e em Marte, criando grandes crateras.
O estudo, feito com modelos de computador, foi noticiado na revista Nature.
"Nós acreditamos que há uma ligação direta entre este acontecimento, a chuva de asteróides que ele produziu e o impacto muito grande que ocorreu 65 milhões de anos atrás que, acredita-se, acabou com os dinossauros", afirmou Bill Bottke, do Southwest Research Institute, no Estado americano de Colorado.
Vários estudos foram feitos sobre o que parece ter sido um aumento na quantidade de choques de asteróides contra a Terra nos últimos 100 ou 200 milhões de anos. Os incidentes quase dobraram.
Bottke e seus colegas tentaram mostrar que este aumento provavelmente foi provocado pela fragmentação de uma rocha de 170 quilômetros de diâmetro no cinto de asteróides entre Marte e Júpiter há cerca de 160 milhões de anos.
A fragmentação, induzida por uma colisão com uma rocha no espaço que tinha a metade de seu tamanho, criou um grupo de rochas visíveis hoje e que são conhecidas como a família Baptistina, dizem os pesquisadores.
Os pesquisadores fizeram um modelo da evolução desse grupo e concluíram que ele perdeu muitas das suas rochas, que mergulharam no interior do sistema solar. Analise mostra, de acordo com os cientistas, que um grande fragmento da colisão provavelmente criou a cratera de Tycho, de 85 quilômetros de diâmetro, na Lua, há 108 milhões de anos.
E é ainda mais provável que um fragmento ainda maior tenha provocado uma cratera de 180 quilômetros de diâmetro, Chicxulub, no que é hoje a Península de Yucatán, no México.
Este é o sinal de impacto que muitos cientistas ligam à extinção em massa dos dinossauros. "Esses fragmentos começara a vagar pela região onde a Terra e a Lua estão localizadas e, na verdade, tantos foram liberados que se tornou quase inevitável que alguns maiores atingissem os planetas do interior do sistema solar", disse Bottke.
A análise química do material projetado ligada ao aparecimento de Chicxulub também associaria o objeto de impacto ao tipo de rochas que formam a família Baptistina.

Fonte:BBCBrasil

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sábado, 1 de setembro de 2007

Britânicos criam projeto para proteção contra asteróides

Cientistas e engenheiros britânicos planejaram uma missão para avaliar o eventual perigo representado por um asteróide que vai passar perto da Terra.

Apophis vai passar pela Terra em abril em 2029
Cientistas e engenheiros britânicos planejaram uma missão para avaliar o eventual perigo representado por um asteróide que vai passar perto da Terra.
A missão quer enviar uma sonda ao asteróide Apophis, uma rocha de 300 metros de diâmetro, que vai passar pela Terra em abril em 2029 a uma distância menor do que a de satélites de comunicação.
A empresa Astrium, sediada em Stevenage, quer que uma sonda localize o asteróide para que possam conhecer melhor sua órbita.
O plano vai competir por um prêmio de US$ 50 mil da Sociedade Planetária.
Estudos indicam que a possibilidade de um choque do Apophis com a Terra é remota, mas ainda assim o asteróide é considerado um bom alvo para a prática de medidas de proteção da Terra.
O plano britânico prevê a criação de uma nave pequena, com sensores por controle remoto, conhecida como Apex. Ela pode se encontrar com o Apophis em janeiro de 2014.
A nave passará três anos acompanhando a rocha, enviando dados para a Terra sobre o seu tamanho, movimentos, composição e temperatura.
A partir destas informações poderá ser previsto com mais precisão o eventual risco de colisão apresentado pela órbita do asteróide.

Alerta

A Astrium diz que caso seu conceito receba o prêmio da Sociedade Planetária, ela doará o dinheiro para a caridade.
"O verdadeiro prêmio seria que as agências espaciais da Europa e dos Estados Unidos achem nossa proposta meritória e nos peçam um estudo de sua viabilidade", disse Mike Healy, o diretor de ciências espaciais da companhia.
Uma missão completa deverá custar várias centenas de milhões de dólares para desenvolvimento e lançamento.
O asteróide Apophis causou alguma preocupação em 2004, quando observações iniciais sugeriram que ele poderia atingir a Terra em 2029.
Mas estudos realizados com telescópios na superfície do planeta indicaram que praticamente não há chance de isso acontecer, e a expectativa é de que o objeto ultrapasse a Terra a uma distância pequena, mas segura, de pouco menos de 36 mil quilômetros.
Menções de um possível choque na próxima visita do asteróide, em 2036, também foram rejeitadas pelos astrônomos, que observaram com atenção o avanço da rocha no espaço.
Mesmo assim, o Apophis é considerado um bom alvo para a prática de medidas de proteção da Terra.
Se um objeto atingir a Terra, ele pode causar grande devastação, provocando potencialmente a morte de milhões de pessoas.
Segundo cientistas, com um alerta antecipado um objeto com potencial de atingir o planeta poderia ser desviado.
Há sugestões de que uma rocha pode ser desviada para uma trajetória mais segura ao ser atingida por um objeto menor.
Outros propuseram direcionar uma nave para perto do asteróide, usando sua gravidade para rebocá-lo para uma distância segura do planeta.
A possibilidade de choque de asteróides e cometas com a Terra é um tema constante entre pesquisadores.
Uma teoria sobre a extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos, diz que ela poderia ter sido causada pelo impacto de um grande objeto do espaço.
A competição da Sociedade Planetária, sediada nos Estados Unidos, é realizada em cooperação com Agência Espacial Européia, Nasa, Associação de Exploradores do Espaço, Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica e Associação das Universidades de Pesquisa Espacial.
O projeto escolhido será apresentado a agências espaciais para verificar se elas desejam implementar as idéias.
Fonte:BBCBrasil

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