quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Enchentes em SC 'são reflexo de mudanças na Amazônia', diz 'Clarín'


As enchentes em Santa Catarina, que mataram dezenas de pessoas e deixaram milhares desabrigadas, são sinal de que o impacto do aquecimento global sobre a Amazônia já está tendo um reflexo sobre o clima da América do Sul, diz artigo do jornal argentino, Clarín.

"Começa então a se cumprir, muito antes do previsto, o que vêm advertindo os cientistas, entre eles os do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. (...) As mudanças na floresta amazônica, em conseqüência do aquecimento global e da ação destrutiva do homem, já começaram a se fazer sentir no Cone Sul", diz o diário.

"As tempestades em Santa Catarina, simultaneamente às fortes secas no Chaco, em Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé e Córdoba" são citados pelo artigo como reflexos de mudanças na Amazônia.

O Clarín ouviu dois especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) para explicar o fenômeno.

Segundo o jornal, "o físico Antônio Ozimar Manzi afirmou: 'Esta zona (que inclui a selva no Brasil e mais outros oito países da região) é a principal fonte de precipitações na região'. E tudo o que acontecer modificará de maneira decisiva o clima no sul e no norte da América do Sul".

Paulo Artaxa, também ouvido pelo jornal argentino, explica que "no céu da Amazônia há um sistema eficaz de aproveitamento do vapor d'água (...) mas a fumaça dos incêndios florestais altera drasticamente este mecanismo: diminui a formação de nuvens e chuvas em algumas regiões e aumenta as tempestades em outras".

O Clarín conclui que "não é de se estranhar fenômenos como as inundações de Santa Cataria quanto a seca no norte, centro e leste da Argentina".

"Não são castigos divinos, mas bem humanos."

Fonte: BBC Brasil

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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Terra pode enfrentar nova Era do Gelo, diz estudo


OSLO - O planeta pode enfrentar um resfriamento pior que o da Era Glacial dentro de apenas 10 mil anos, o que trará às futuras sociedades um desafio contrário à atual luta contra o aquecimento global, disseram cientistas da Grã-Bretanha e do Canadá na quarta-feira.

Eles disseram que os gases do efeito estufa, vilões do atual aquecimento, podem no futuro evitar que grande parte da América do Norte, da Europa e da Rússia virem uma imensa pedra de gelo.

A previsão se baseia no estudo de minúsculos fósseis marinhos e nas alterações da órbita terrestre, e não deve ser entendida como justificativa para não combater o aquecimento provocado por atividades humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis.

"Não há justificativa para dizer: 'Vamos continuar injetando dióxido de carbono na atmosfera'", disse por telefone à Reuters o cientista norte-americano Thomas Crowley, da Universidade de Edimburgo, um dos autores do estudo publicado na revista Nature.

Segundo ele, o resfriamento deve começar num prazo de 10 mil a 100 mil anos. "Geologicamente, é amanhã. Mas temos muito tempo para discutir sobre os níveis adequados de gases do efeito estufa."

O eventual congelamento de enormes pedaços do Hemisfério Norte e de todo o mar em volta da Antártida também iria reduzir o nível dos mares, talvez em até 300 metros - deixando Rússia e Alasca ligados por terra, por exemplo.

ASCENSÃO E QUEDA

Na última Era Glacial, o nível do mar caiu cerca de 130 metros. Os cientistas podem presumir o nível do mar por causa da composição química dos fósseis, que varia junto com a química dos oceanos - num mar mais raso e com menos água, por exemplo, o sal é mais concentrado.

"Provavelmente, as futuras sociedades podem evitar esta transição indefinidamente com ajustes muito modestos no nível de CO2 atmosférico", escreveram eles.

O efeito estufa retém o calor junto à Terra, uma tendência que nas próximas décadas deve levar a ondas de calor, secas e elevação dos mares. O CO2, emitido principalmente pela queima de combustíveis, é o principal dos gases que provocam o efeito estufa.

Os cientistas disseram que recentes oscilações dos últimos 900 mil anos entre Eras Glaciais e períodos mais aquecidos, como o atual, estão se tornando mais acentuadas. Modelos sugerem que a instabilidade pode prenunciar um novo estado, bem mais frio e estável.

Uma mudança semelhante aconteceu há mais de 34 milhões de anos, quando a Antártida se cobriu de gelo pela primeira vez, segundo os cientistas. Isso pode começar por causa de um ligeiro crescimento das camadas polares, pois o gelo e a neve refletem mais o calor solar na direção do espaço. Isso pode acelerar o resfriamento.

Os seres humanos, segundo Crowley, se desenvolveram há cerca de 150 mil anos, e portanto nunca experimentaram um ambiente tão frio quanto o prenunciado.

Ele alertou que as projeções ainda precisam ser mais testadas.

Por Alister Doyle

Fonte:Reuters Brasil

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domingo, 16 de novembro de 2008

Estudo liga enxaqueca a risco reduzido de câncer de mama


Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que mulheres que sofrem de enxaqueca têm menos riscos de desenvolver câncer de mama.

A equipe, do Centro de Pesquisa sobre o Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, não explicou os mecanismos pelos quais as duas condições estão ligadas, mas suspeitam que flutuações hormonais sejam a resposta.

O estudo, publicado na revista especializada Cancer Epidemiology, Biomakers and Prevention, analisou 1.938 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e 1.474 que não tinha histórico da doença.

Os especialistas pediram que as voluntárias relatassem se haviam sido diagnosticadas com enxaqueca por um profissional de saúde.

Eles observaram que as mulheres com câncer de mama tinham 30% menos riscos de sofrer de enxaqueca.

O coordenador da pesquisa, Christopher Li, disse que o alto nível do hormônio estrogênio, como o registrado durante a gravidez, está relacionado tanto à redução dos ataques de enxaqueca quanto às condições propícias para o desenvolvimento do câncer de mama.

“Esses resultados devem ser melhor investigados, mas apontam para um novo fator que pode estar relacionado ao risco de câncer de mama”, disse Li.

“Isto nos abre uma nova avenida para explorar a biologia por trás da redução de riscos”.

Segundo os cientistas, cerca de 30% das mulheres sofrem de enxaqueca pelo menos uma vez na vida.

Fonte: BBC Brasil


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sábado, 15 de novembro de 2008

Dia Mundial do Diabetes chama a atenção para avanço da doença entre crianças e jovens


Brasília - Muita sede, aumento da quantidade de urina, desmaios e crises de hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue). Esses são alguns dos sinais que podem significar o diabetes, uma doença metabólica que pode causar danos irreversíveis aos rins e à visão, além de problemas cardiovasculares.

“Não é nenhum sintoma alarmante, como uma febre, então às vezes o diagnóstico passa despercebido”, diz a coordenadora Nacional de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde, Rosa Sampaio Vila-Nova de Carvalho.

Para conscientizar a sociedade da importância de identificar o diabetes no estágio inicial, este ano o Dia Mundial do Diabetes, comemorado no dia 14 de Novembro, vai alertar para o avanço da doença entre crianças e adolescentes. “O objetivo é chamar a atenção do público e de profissionais da saúde. O diabetes é uma doença crônica, de início insidioso [traiçoeiro] e quando se tem o diagnóstico já é com alguma complicação”, diz Carvalho.

Além disso, a coordenadora lembra que o número de jovens com o diabetes tipo 2, que tem maior relação com o fator hereditário e está ligado à obesidade e ao sedentarismo, também tem aumentado. “Antes, o diabetes tipo 2 era típico de adultos com mais de 35 anos. E hoje já está começando a aparecer em jovens, devido principalmente ao sedentarismo, à obesidade e ao sobrepeso", explicou.

Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a solução para reduzir os casos de diabetes no país passa pela educação da população, especialmente sobre hábitos alimentares mais saudáveis e a prática regular de exercícios físicos.

“O tradicional prato com salada, arroz, feijão e carne está sendo substituído por alimentos semi-prontos, biscoitos, salgadinhos. Além disso, a garotada está cada vez mais ligada na internet, televisão, video-games. Até pelo aumento da violência urbana, as crianças não brincam mais na rua, e isso está criando uma epidemia mundial de obesidade e diabetes”, avaliou Temporão, em entrevista concedido no dia 13/11/2008 as emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, da Rádio Nacional.

A coordenadora explica que o Ministério da Saúde é responsável pela compra e distribuição de insulina e que o medicamento, usado para o controle da doença, está disponível em todos os estados. O ministério também repassa recursos para estados e municípios adquirirem medicamentos orais, utilizados por diabéticos do 2.

Ela alerta que, desde 2006, o Brasil tem uma legislação específica para atendimento integral do diabetes e lembra que não pode haver falta de medicamentos. “O portador deve ter a consciência de que ele tem o direito de adquirir esses remédios gratuitamente no posto de saúde. Se não tiver, ele tem que fazer essa denúncia”, diz Carvalho.

Atualmente, cerca de 7,3 milhões de brasileiros maiores de 18 anos têm o diabetes do tipo 2, segundo o Ministério da Saúde. A estimativa é de que, até 2025, o número chegue a 17,6 milhões, o que levará o Brasil do oitavo para o quarto lugar no ranking mundial da doença.

Para marcar o Dia Mundial do Diabetes, cerca de 300 monumentos em mais de 25 países serão iluminados com a cor azul, que simboliza a doença. No Brasil, serão iluminados o Maracanã, o Cristo Redentor e o Corcovado, no Rio de Janeiro; o Memorial JK e a Torre de TV, em Brasília; a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis e o Elevador Lacerda, na Bahia, entre outros.

Fonte:Agência Brasil

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Meio ambiente inspira discussões


Casos exemplificativos de prejuízos ao meio ambiente do trabalho foram apresentados no dia 06/11/2008 durante o “congresso em meio ambiente do trabalho: dignidade da pessoa humana”. O evento, que acontece no auditório da Justiça Federal em Pernambuco, apresentará casos prejudiciais ao meio ambiente do trabalho identificando, de acordo com a lei, quais as medidas preventivas que devem ser tomadas. O encontro também abrirá espaço para que denúncias relacionadas ao tema sejam realizadas.

“Nosso maior objetivo é discutir a proteção do trabalhador a partir de uma visão integral do que está sendo feito”, explicou o coordenador do evento, Pedro Serafim. Dentre os casos apresentados está o de contaminação com o fumo. “A proibição do fumo em bares e restaurantes foi bastante discutida então, nós iremos mostrar o que diz a lei e o que foi feito”, afirmou Serafim.

Segundo ele, o congresso tem como objetivo melhorar a integração do trabalhador de forma que repercuta no ambiente de trabalho. “Tendo como referencial o direito aplicado em outros países, como a Espanha, nós queremos identificar quais as leis podem se encaixar a nossa realidade”, afirmou.

De acordo com a diretora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Sexta Região da Justiça do trabalho (EMAT6), também conferencista do evento, Eneida Melo, os conferencistas espanhóis trarão a perspectiva da Europa para que nós possamos realizar o cruzamento dos objetivos em comum. “Nós precisamos cuidar de aspectos alusivos a agrotóxicos, máquinas que causam acidentes, lesões aos rios, contaminação do ar e até questões de ordem moral porque são lesões aos direitos de personalidade”, disse Eneida. O evento é gratuito e as palestras tem início às 9h. O congresso teve início na terça-feira passada.

ROCHELLI DANTAS

Fonte: Folha de PE

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