sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O Aqüífero Guarani


O Aqüífero Guarani é a maior reserva subterrânea de água doce do mundo, sendo também um dos maiores em todas as categorias.

A maior parte (70% ou 840 mil km²) da área ocupada pelo aqüifero - cerca de 1,2 milhão de km² - está no subsolo do centro-sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 mil km²), noroeste do Uruguai (58 500 km²) e sudeste do Paraguai (58 500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná. A população atual do domínio de ocorrência do aqüífero é estimada em quinze milhões de habitantes.

No Brasil, o aqüífero integra o território de oito estados:

* Mato Grosso do Sul (213 200 km²)
* Rio Grande do Sul (157 600 km²)
* São Paulo (155 800 km²)
* Paraná (131 300 km²)
* Goiás (55 000 km²)
* Minas Gerais (51 300 km²)
* Santa Catarina (49 200 km²)
* Mato Grosso (26 400 km²)

Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1 800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação. É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos. Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do Aqüífero Guarani cada vez mais controverso.

Geologia do aqüífero

O Aqüífero Guarani consiste primariamente de sedimentos arenosos depositados por processos fluviais e eólicos durante os períodos Triássico e Jurássico (entre 200 e 130 milhões de anos atrás), sendo mais de 90% de sua área total recoberta com basalto ígneo de baixa permeabilidade, depositado durante o período Cretácio, que age como aquitardo e permite grande contenção de água. Isto diminui em muito a infiltração de água no aqüífero e seu subseqüente recarregamento, mas também isola o aqüífero da zona mais superficial e porosa do solo, evitando a evaporação e evapotranspiração da água nele contida.

A pesquisa e o monitoramento do aqüífero para melhor gerenciá-lo como recurso são considerados importantes, uma vez que o crescimento da população em seu território é relativamente alta, aumentando riscos relacionados ao consumo e poluição.



Fonte: Wikipédia e Agência Brasil

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Lagarto sem patas é reconhecido como nova espécie do Cerrado


Um lagarto sem patas encontrado no Cerrado brasileiro foi reconhecido oficialmente como uma nova espécie.

A oficialização do reconhecimento do lagarto como nova espécie ocorre após a publicação de sua descrição na edição de setembro da revista científica Zootaxa.

O lagarto Bachia oxyrhina foi descoberto em janeiro na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, durante uma expedição de pesquisadores de universidades brasileiras.

Na mesma expedição foram descobertas outras 13 prováveis novas espécies, que ainda não foram descritas oficialmente.

O Bachia oxyrhina tem cauda e corpo alongados, o que dá a impressão de que não tem patas aparentes.

As patas do lagarto são rudimentares e não têm função locomotora, segundo o analista de biodiversidade da ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) e coordenador da expedição, Cristiano Nogueira.

O pesquisador diz que o lagarto se locomove ondulando o corpo sob o solo arenoso da região onde foi encontrado. O lagarto tem focinho afilado e é capaz de abrir caminho na superfície do solo.

Descrição

Segundo Nogueira, a formalização da descrição científica de uma nova espécie representa o primeiro passo para seu melhor conhecimento pela comunidade científica internacional.

Nogueira diz que, com as descrições científicas, os pesquisadores têm condições de elaborar listas de espécies existentes em determinada área e mapear a biodiversidade e a importância biológica da região.

"Esses dados são essenciais para o planejamento de estratégias de conservação adequadas", afirma.

A descrição do Bachia oxyrhina é a terceira de lagartos do mesmo gênero desde 2007.

"Esses acréscimos à lista de lagartos do Cerrado indicam que ainda estamos longe de conhecer a biodiversidade do bioma para conservá-lo adequadamente, um problema sério quando consideramos a rapidez da expansão agrícola da região", diz o pesquisador Miguel Trefaut Rodrigues, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.

Primeiro autor da descrição da nova espécie, Rodrigues diz que a taxa de descoberta de novas espécies no Cerrado é considerada alta em comparação com a de outras regiões e indica que várias espécies podem ter sido extintas com a destruição do ambiente sem deixar traços.

A expedição no Cerrado contou com a participação de pesquisadores da CI-Brasil, do Instituto de Biociências e do Museu de Zoologia da USP, da Universidade de São Carlos e da Universidade Federal do Tocantins.

A iniciativa foi financiada pela Fundação O Boticário de Conservação da Natureza, com apoio da ONG Pequi-Pesquisa e Conservação do Cerrado.

Fonte: BBC Brasil

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Desnutrição infantil no Amazonas pode ser combatida com alimentos e educação


Manaus - Autoridades de saúde do Amazonas estão preocupados com os índices de desnutrição entre as crianças que vivem no estado. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), 8,5% das crianças menores de cinco anos de idade que moram na capital são consideradas desnutridas quando avaliadas na relação peso e altura. No interior do Amazonas, o índice é maior e atinge 11,5% dos meninos e meninas na mesma faixa etária. Em todo país, Norte e Nordeste lideram as estatísticas de desnutrição, que está diretamente associada a 50% das mortes de crianças com até cinco anos em todo o mundo.

Para a pediatra e nutróloga do Instituto de Nutrologia do Amazonas, Silvana Benzecry, existe um descompasso entre as riquezas naturais amazônicas e o que pais e responsáveis estão oferecendo às suas crianças, sobretudo até os cinco anos de idade.
"A desnutrição no Amazonas tem sido verificada por causa da inadequação alimentar. Não é que o estado não possua os produtos adequados. O que ocorre é que as nossas crianças não estão consumindo as quantidades necessárias de minerais, vitaminas e proteínas que justifiquem e melhorem o estado nutricional de um modo geral. Ela estão adoecendo exatamente por esse descompasso que precisa ser corrigido urgentemente", disse Benzecry.

De acordo com a nutróloga, o baixo índice de aleitamento materno exclusivo, o consumo precoce de alimentos de baixo valor nutritivo, como os industrializados e os refrigerantes e a chamada "monotonia alimentar", ou seja, repetição dos mesmos alimentos no cardápio diário, contribuem para a desnutrição. Ela lembrou que frutas como a pupunha e o camu-camu – típicas da região amazônica – são menosprezadas em seu potencial nutritivo e, por desconhecimento da população, deixam de ser consumidas e também oferecidas em forma de papinhas e de sucos às crianças a partir dos seis meses de vida.

"Manaus, por exemplo, possui o quatro maior PIB [Produto Interno Bruto] do país e índices preocupantes de desnutrição entre suas crianças. É preciso ver o que está faltando, já que o estado possui uma riqueza bela e farta de alimentos. Várias pesquisas feitas no Inpa [Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia] comprovam o potencial nutricional dos nossos produtos",disse ele.

Silvana também citou a presença de altos teores de sal e gordura trans presentes nos alimentos industrializados, cada vez mais consumidos pelas crianças. "O que estamos precisando é fazer um intercâmbio entre esses conhecimentos e uma ação local. Acho que precisamos fazer uma rede e viabilizar a chegada desse conhecimento onde é necessário, trabalhando com governos, agentes comunitários, profissionais de saúde da família, para que se mostre quais são os produtos ideais para a alimentação das crianças", ressaltou.

A nutricionista e coordenadora estadual de Alimentação e Nutrição, Ester Mourão, também relacionou o problema ao baixo grau de instrução de pais e responsáveis. Para ela existe uma relação direta entre a desnutrição e o analfabetismo da mãe.
"Quando a mãe é analfabeta o risco de desnutrição é três vezes maior. Por isso a importância das ações intersetoriais, mas para isso os órgãos públicos precisam de organizar. E é isso que a gente pretende fazer com esse plano", declarou.
Na região Norte do país, Acre, Amapá, Pará e Amazonas são os estados com os maiores índices de desnutrição infantil.

Fonte: Agência Brasil

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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Estudo mostra que 44% das crianças e jovens entre 2 e 19 anos têm altas taxas de colesterol


Brasília - Análises feitas por pesquisadores do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) durante os últimos oito anos trouxeram resultados preocupantes com relação à taxa de colesterol e triglicérides em crianças e adolescentes entre 2 e 19 anos. Dos cerca de 2 mil pesquisados, 44% apresentaram valores elevados de colesterol no sangue e mais de 50% tinham altas taxas de triglicérides.

Apesar de a pesquisa ter sido feita com jovens de Campinas, os resultados servem como parâmetro para análise da população brasileira, principalmente das grandes cidades.

Segundo a professora da Faculdade de Ciências Médicas Eliana Cotta de Faria, o estilo de vida contemporâneo tem aumentado os casos de estresse emocional, o sedentarismo e a alimentação inadequada que acabam, junto com a predisposição genética, levando a taxas anormais dessas substâncias no sangue. Esses fatores podem contribuir para o surgimento de várias doenças, principalmente cardiovasculares.

Dados do estudo não indicam grandes diferenças de resultados entre as divisões de sexo e idade. Entretanto, as origens do problema foram bem distintas. “O que nos chama atenção é que essas crianças têm causas diferentes para essas dislipidemias (presença de níveis elevados ou anormais de lipídios no sangue). Temos crianças com doenças genéticas, com maus hábitos alimentares e sedentárias, com doenças de fígado e de rins, que também levam a essas alterações”, explicou.

O colesterol é imprescindível para o funcionamento normal das membranas celulares e a produção de hormônios nos seres humanos. O excesso da substância no sangue, entretanto, gera a formação de placas na parede dos vasos, diminuindo seu diâmetro e podendo, inclusive, causar a obstrução total e até o rompimento. A prática de exercícios físicos pelo menos três vezes por semana e uma dieta saudável são fundamentais para manter o colesterol em níveis adequados.

Para a pesquisadora, quando se trata de crianças e adolescentes, o papel da família é fundamental. “As crianças não têm independência e não podem escolher sozinhas o que vão comer. Então, as famílias devem ter uma atitude pró-saúde, prover a criança com alimentos variados, com frutas, verduras, legumes, fibras, sucos naturais. Quando também há uma intervenção para que a criança passe a jogar bola, andar de bicicleta, a tendência é melhorar.”

A pesquisa com crianças e adolescentes entre 2 e 19 anos foi realizada entre 2001 e 2008. Atualmente, os pesquisadores do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estão trabalhando com a faixa-etária até 2 anos. Como se trata de um grupo menor, o objetivo é analisar caso a caso os fatores que levam ao aumento das taxas de colesterol.

Fonte: Agência Brasil

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O Que São Armas Biológicas?



Uma arma biológica pode ser constituída por microorganismos patogênicos: bactérias, vírus, fungos ou por toxinas elaboradas por um desses agentes, tendo elas algum efeito direto sobre o organismo humano ou indireto, fazendo uso da contaminação pretendida atingindo animais ou vegetais que irão causar efeitos nocivos ao homem.

Os interesses que levam à confecção de uma arma biológica podem ser diversos: territoriais, políticos ou religiosos, envolvendo diferentes etnias, a confecção de armas microbiológicas para assegurar o potencial bélico utiliza diferentes meios para dissipar a destruição da população nos campos ou nas cidades, pelo ar, pela água ou através dos alimentos.

Para tal empreendimento de poder e morte é despendido vultosas cifras no desenvolvimento de arsenais bioquímicos, haja vista as grandes descobertas genéticas em laboratórios ocultos, cultivando uma quantidade grandiosa de terror, incapacitando dezenas de organismos: homens, mulheres e crianças, combatentes ou não, seres humanos.

No organismo, o contágio é facilitado pelo acesso e instalação do agente ou inalação / ingestão de toxina através de vias que proporcionam maior eficácia letal. Essas vias geralmente são: as vias respiratórias, digestivas e cutânea. Funcionando como portas que não resistirão ao ataque deste micro-avassalador arsenal.

Alguns exemplos de armas biológicas utilizadas e supostamente manipuladas durante a história e as conhecidas nos dias atuais são: Bacillus anthracis que causa a doença denominada carbúnculo; Clostridium botulinum, bacilo encontrado na água ou nos alimentos; Orthopoxvirus, vírus da varíola; Ébola, febre infecciosa hemorrágica.

Por Krukemberghe Fonseca

Fonte:Brasil Escola

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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Antiinflamatórios 'podem reduzir risco de câncer de mama'


O uso freqüente de antiinflamatórios pode reduzir o risco de câncer de mama em até 21%, afirma um estudo publicado na edição do dia 08/10/2008 (quarta-feira )da revista científica Journal of the National Cancer Institute.

Cientistas espanhóis e canadenses revisaram 38 estudos sobre a relação entre a doença e o uso dos remédios, com análises sobre a saúde de um total de 2,7 milhões de mulheres, para chegar à conclusões.

Eles observaram que o uso freqüente dos antiinflamatórios causa uma redução média de 12% no risco de se desenvolver câncer de mama.

Ao analisar dados específicos de cada tipo do remédio, os cientistas identificaram que o uso da Aspirina seria responsável por uma redução de até 13%, enquanto o consumo regular de Advil reduziria os riscos em até 21%.

"Os resultados são encorajadores e podem nos ajudar a compreender melhor a importância do papel das inflamações na patologia da doença", disse Mahyar Etminan, da Universidade de British Columbia, no Canadá, que coordenou o estudo.

Hipótese

Estudos anteriores alcançaram resultados conflitantes sobre a relação entre o uso dos medicamentos e a redução no risco de desenvolver a doença.

Na pesquisa recente, a análise foi feita a partir de estudos observacionais e não contou com testes clínicos.

Por essa razão, Etminan ressalta que, apesar dos resultados serem animadores, ainda devem ser considerados apenas como uma hipótese. O cientista não recomenda o uso freqüente dos medicamentos para mulheres que querem se prevenir contra a doença.

"Não recomendamos o uso freqüente dos antiinflamatórios como medida de prevenção para o câncer de mama até que testes clínicos confirmem esses resultados", disse ele.

Segundo ele, apenas depois dos testes será possível avaliar os mecanismos biológicos envolvidos na relação entre o uso dos antiinflamatórios e a redução nos riscos do câncer de mama.

Etminan afirma ainda que os testes já estão sendo realizados pela equipe. Os resultados serão divulgados em 2009.

Fonte: BBC Brasil

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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Descoberta de proteína brilhante leva Nobel de Química


ESTOCOLMO (Reuters) - Dois pesquisadores norte-americanos e um japonês receberam o prêmio Nobel de Química deste ano pela descoberta e desenvolvimento da proteína de uma água-viva brilhante que faz células, tecidos e até mesmo órgãos parecerem acesos -- uma ferramenta hoje usada por milhares de cientistas no mundo todo.

O prêmio de 10 milhões de coroas suecas (1,4 milhão de dólares) reconhece Osamu Shimomura, nascido no Japão e hoje membro do Laboratório de Biologia Marinha Woods Hole (EUA), Martin Chalfie, da Universidade Columbia em Nova York, e Roger Tsien, da Universidade da Califórnia em San Diego, pelas pesquisas com a proteína fluorescente verde (GFP, na sigla em inglês).

"A proteína fluorescente verde altamente brilhante, a GFP, foi observada pela primeira vez em uma bela água-viva, a Aequorea victoria, em 1962", afirmou em um comunicado o Comitê do Nobel para Química na Academia Real Sueca de Ciências.

"Desde então, essa proteína se tornou a ferramenta mais importante usada na biociência de hoje em dia."

Shimomura isolou pela primeira vez a GFP da água-viva encontrada nos mares da América do Norte e descobriu que ela brilhava debaixo de luz ultravioleta. De 1967 a 1987, o cientista viajou todos os verões para Friday Harbor, no Estado de Washington, a fim de coletar mais de 3.000 águas-vivas por dia.

Chalfie e colegas conseguiram fazer com que bactérias como a "E. coli" e pequenos vermes como o "C. elegans" produzissem a proteína ao adicionar-lhes o gene correto. A cor verde da proteína da água-viva pode ser vista sob luz azul e ultravioleta, permitindo aos cientistas iluminarem células de tumor, rastrearem toxinas e monitorarem genes à medida que acendem e apagam.

LANTERNA INTERNA

"Hoje, podemos olhar para dentro de um animal e descobrir que um determinado gene começou a funcionar, quando começou a funcionar e quando a proteína correspondente foi fabricada e para onde foi", afirmou Chalfie em uma entrevista concedida por telefone. "Elas possuem sua própria lanterna a fim de nos dizer onde estão."

Tsien, pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes, também usou proteínas de coral e ampliou a paleta de cores para além do verde (incluindo o amarelo, o azul e outras cores), o que permitiu aos cientistas acompanhar diferentes processos biológicos ao mesmo tempo.

Segundo Tsien, uma asma manteve-o dentro de casa quando era criança, de forma que se viu obrigado a brincar com as cores como parte dos experimentos científicos que realizava no porão.

Tsien disse estar agradecido pelo prêmio e reconheceu que outros pesquisadores da área também poderiam ter sido incluídos. "Eu sei que apenas três pessoas poderiam receber o prêmio e eu sei que o comitê precisou tomar uma decisão complicada."

Chalfie afirmou não ter sido encontrado na primeira vez em que o comitê do Nobel ligou: "Eu olhei no meu computador, no meu laptop, e descobri que havia ganhado o prêmio. Eu não percebi o telefone tocando."

A GFP vem sendo usada tanto no campo da ciência quanto no das artes. Um coelho verde fluorescente conhecido como Alba foi feito em 2000 a pedido do artista Eduardo Kac e porcos verdes que brilham foram criados para dar à luz porquinhos fluorescentes.

Como vencedores do Prêmio Nobel de Química, os três pesquisadores unem-se a cientistas famosos como Marie Curie, que também conquistou um Prêmio Nobel de Física, e Linus Pauling, agraciado em 1954.

A premiação foi criada por vontade de Alfred Nobel, o magnata da dinamite, e vem sendo conferida desde 1901.

O Nobel de Literatura deste ano será divulgado na quinta-feira. No dia seguinte, será a vez do Nobel da Paz e, na segunda-feira, do Nobel de Economia.

(Reportagem adicional de Adam Cox, Elinor Schang e Simon Johnson em Estocolmo, Michael Kahn em Londres, Tan Ee Lyn em Hong Kong, Ellen Wulfhorst em New York e Maggie Fox em Washington)

Fonte: Reuters Brasil

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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Dieta gordurosa leva a maior consumo de alimentos, diz estudo


Uma pesquisa feita com camundongos nos Estados Unidos indica que uma dieta rica em gorduras e açúcar ativa uma proteína que faz com os animais consumam mais alimentos do que o normal, podendo ficar obesos.

A descoberta foi feita quando os cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison investigavam a "inflamação metabólica", um problema crônico e sem muita gravidade, mas que é observado com freqüência em doenças relacionadas à obesidade.

Nos camundongos, uma proteína ligada a inflamações mostrou ter sido ativada quando os animais recebiam uma dieta com muito açúcar e gordura, e as cobaias começaram a comer mais.

Camundongos geneticamente alterados para bloquear o processo, mesmo com uma dieta com muita gordura, conseguiram manter um peso saudável.

Remédio

Para Dongsheng Cai, cientista que liderou a pesquisa, a descoberta deste processo pode ser usada para a criação de medicamentos contra a obesidade.

"O objetivo final é, certamente, identificar um supressor eficaz deste processo", afirmou.

Para o professor Fran Ebling, da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, a proposta é boa, mas pode interferir com a saúde do paciente.

"É interessante, mas se temos um medicamento que tem este processo como alvo, ele também poderá interferir com alguma outra parte do sistema imunológico", afirmou.

A pesquisa americana foi divulgada na publicação científica Cell.

Fonte: BBC Brasil

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

USP produz 1ª linhagem de células-tronco de humanos


SÃO PAULO (Folhapress) - Uma década depois de a primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas ter sido isolada nos EUA, o Brasil conseguiu reproduzir a técnica. A realização nacional foi confirmada há uma semana e meia no laboratório de Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências da USP (Universidade de São Paulo). O trabalho será apresentado pela primeira vez quinta-feira em um congresso científico em Curitiba.

O domínio da técnica é importante porque essas células são hoje fundamentais para a pesquisa biomédica. São ferramentas científicas extremamente versáteis e, ao mesmo tempo, são o material promissor para terapias contra doenças degenerativas como mal de Parkinson e diabetes, possibilidade de prazo ainda incerto.

Entre a obtenção de embriões doados e o estabelecimento das linhagens de células-tronco, Pereira trabalhou quase dois anos, em parceria com o laboratório de Stevens Rehen, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

No meio do caminho, houve até um período de incerteza, pois a legalidade das pesquisas com embriões humanos estava sendo questionada no Supremo Tribunal Federal. Mas a Justiça acabou dando parecer favorável aos cientistas, e no final tudo deu certo para o grupo.

Após 35 tentativas frustradas, o grupo percebeu que uma das linhagens de células cultivadas em matriz de gel estava se reproduzindo e mantendo a “pluripotência”. Esse é o grande diferencial das células-tronco embrionárias em relação a outras: elas são capazes de se transformar em virtualmente qualquer outro tipo de tecido biológico.

Uma vez que elas se especializam, porém, perdem a versatilidade. Por causa disso, a pesquisa biomédica requer linhagens de células estáveis, que permaneçam indiferenciadas por tempo indefinido, mesmo se multiplicando.

“A gente viu que elas estavam começando a ficar com uma morfologia de colônia, como a gente chama. Quando a gente voltou, uma aluna dela veio fazer algumas coisas aqui no Rio para confirmar, e a gente viu de fato que ela tinha todos os marcadores”, conta Rehen. Em outras palavras, estavam “ligados” os genes que conferem a pluripotência.

Segundo o pesquisador, dentro de dois meses amostras da nova linhagem, batizada de BR-1, poderão ser enviadas a outros grupos de pesquisa do País.

Fonte: Folha PE

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