sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Pesquisadores ‘caçam’ raios no céu de Belém

MANAUS (Agência Brasil), 24 de janeiro - Uma missão inédita na Amazônia colocou na quarta-feira (23) mais de 30 pesquisadores para "caçar" raios no céu de Belém (PA). Trata-se do primeiro experimento de raios induzidos na Amazônia e o trabalho deverá durar 30 dias.

O projeto científico é realizado por 11 instituições nacionais, incluindo as universidades federais do Pará (UFPA) e de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o Comando da Aeronáutica, o governo do Pará e a estatal Eletronorte.


Os resultados do trabalho dos pesquisadores contribuirão para o estudo das mudanças climáticas, a melhoria das condições de segurança das linhas de transmissão telefônica e de eletricidade, e ainda para o aperfeiçoamento dos avisos de tempestades e de descargas elétricas para a Defesa Civil na Amazônia.


Uma das coordenadoras do projeto, Brígida Rocha, da UFPA, explicou que a Amazônia concentra um alto índice de raios e que o período escolhido tem a ver com a incidência das chuvas na região, maior nesta época do ano.

"Estamos no período das chuvas, que traz uma probabilidade maior de incidência de raios. Isso facilita nosso trabalho, apesar dos inconvenientes de se trabalhar sob a chuva", disse.


Os cientistas usarão foguetes que serão lançados em direção às nuvens e funcionarão como se fossem pára-raios. Cada foguete ajudará a captar, de forma controlada, as descargas atmosféricas que posteriormente serão analisadas pelos pesquisadores.


"O experimento vai beneficiar toda a população, uma vez que, melhorando a proteção, o sistema de distribuição e de transmissão dos sistemas elétricos e telefônicos, automaticamente se melhorar a qualidade da energia, com redução das horas de interrupção, por exemplo", informou a coordenadora.


Brígida Rocha destacou ainda que a pesquisa "vai garantir mais segurança para os trabalhadores expostos às tempestades na hora de fazerem manutenção em redes, em antenas e torres".


Amanda Mota

Fonte:
Click21

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