sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ministério da Saúde vai distribuir remédio para tratamento de leucemia



O tratamento de crianças com leucemia passará a ser feito com remédio distribuído pelo Ministério da Saúde. Portaria publicada no Diário Oficial da União prevê o fornecimento pelo governo de um medicamento, o glivec, para casos pediátricos de leucemias mieloide crônica e linfoblástica aguda. Anualmente, são registrados cerca de 4.800 novos casos destes dois tipos de câncer em menores de 21 anos.

A compra centralizada deste medicamento para tratamento de pacientes adultos já é feita desde o ano passado. O objetivo da Secretaria de Atenção à Sáude (SAS) é ampliar essa estratégia para outros remédios usados no tratamento da doença. Atualmente, a maior parte do tratamento fica a critério dos médicos das unidades especializas. A compra é feita localmente e o pagamento feito por reembolso.

A prática, de acordo com secretário da SAS, Helvécio Miranda, dá margem a indicação incorreta da medicação e desvio de recursos. "Indícios de irregularidades foram identificados em alguns processos de compra destas drogas ao longo de 2009 e 2010", disse.

Miranda afirma que a definição do pacote de medicamentos cuja compra deverá passar a ser centralizada deverá ser feita em um ano. A ideia da centralização e de protocolos rígidos não agrada parte de médicos e associações de pacientes, que temem a limitação da oferta de remédios. O receio é que o acesso a drogas mais caras, nas compras centralizadas, seja dificultado. Miranda, no entanto, diz que o problema não vai ocorrer .

Os protocolos - que indicam quais medicamentos devem ser usados e em que situação - servem como orientação básica. "As exceções estão previstas. Isto dá mais controle, evita desperdício." De acordo com Miranda, a centralização da compra do Glivec trouxe em dois anos uma economia de R$ 400 milhões. "Como a compra é feita em escala, a margem de negociação para redução de preço é grande." Ele afirma também que parte dos recursos foi poupada com indicação correta e sem desperdícios.

Fonte: Folha de PE

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Por que o plástico demora tanto tempo para desaparecer na natureza?



A principal razão é que a natureza ainda não sabe como se livrar dele. "Bactérias e fungos que decompõem os materiais não tiveram tempo de desenvolver enzimas para degradar a substância", afirma a engenheira química Marilda Keico Taciro, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O plástico é um material novo na natureza - o primeiro modelo surgiu só em 1862, criado pelo britânico Alexander Parkes. Cada uma de suas moléculas possui centenas de milhares de átomos, principalmente carbono e hidrogênio. Como as ligações entre os átomos são muito estáveis, os decompositores não conseguem quebrar o material em partes menores para destruí-lo. Resultado: alguns tipos de plástico, como o PET, usado em garrafas de refrigerantes, levam mais de 200 anos para desaparecer.
"Com a evolução, os microorganismos devem se adaptar, mas isso pode levar milhões de anos", diz o biólogo José Gregório Cabrera Gomes, também do IPT. Por isso, o descarte de plásticos é uma grande dor de cabeça para os ecologistas do século XXI. O material produz gases tóxicos ao ser queimado e tem reciclagem complicada, porque não se pode misturar diferentes tipos de plástico. O jeito é desenvolver modelos biodegradáveis como o PHB, que, em aterros sanitários, vira pó em apenas seis meses. Mas esses ainda custam caro - até cinco vezes mais que os convencionais - e, por isso, respondem por apenas 1% do total de plásticos vendidos no mundo.
Duro de matarPlásticos tradicionais levam até 200 anos para se decompor
TIPO DE PLÁSTICO - Polietileno
ONDE É USADO - Material hospitalar, utensílios domésticos
QUANDO DESAPARECE* - 50 anos
TIPO DE PLÁSTICO - Poliestireno
ONDE É USADO - Brinquedos
QUANDO DESAPARECE* - 50 anos
TIPO DE PLÁSTICO - Polipropileno
ONDE É USADO - Pára-choques de carro, carpetes
QUANDO DESAPARECE* - 100 anos
TIPO DE PLÁSTICO - Polietilenotereflalato (PET)
ONDE É USADO - Embalagens de refrigerantes, fitas magnéticas
QUANDO DESAPARECE* - 200 anos
TIPO DE PLÁSTICO - Polihidroxibutirato (PHB - Biodegradável)
ONDE É USADO - Cartões de crédito, talheres descartáveis
QUANDO DESAPARECE* - 6 meses a 2 anos
* Em ambientes ricos em bactérias e fungos, como aterros sanitários
Fonte: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
Haja fungo!Objetos de alumínio e vidro são ainda mais perenes
MATERIAL - Folha de papel
QUANDO DESAPARECE - 3 a 6 meses
MATERIAL - Fósforos de madeira
QUANDO DESAPARECE - 6 meses
MATERIAL - Miolo de maçã
QUANDO DESAPARECE - 6 meses a 1 ano
MATERIAL - Chiclete
QUANDO DESAPARECE - 5 anos
MATERIAL - Lata de aço
QUANDO DESAPARECE - 10 anos
MATERIAL - Pote de vidro
QUANDO DESAPARECE - 4 000 anos
MATERIAL - Lata de alumínio
QUANDO DESAPARECE - nunca
Fonte: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb)

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Surto de dengue ainda ameaça quase 100 cidades brasileiras



Apesar da queda do número de casos de dengue e de mortes decorrentes da doença este ano, 91 municípios ainda seguem com risco de enfrentar surto da doença até o fim do verão. Outros 265 estão em estado de alerta. Palmas, capital do Tocantins, é uma das cidades onde a quantidade de casos já indica surto da doença, segundo balanço divulgado  pelo Ministério da Saúde.
O número de cidades com risco de surto (91) é superior à previsão divulgada pelo governo em dezembro (48). De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde, o aumento já era esperado, pois as informações do ano passado tinham como base a pré-temporada de verão. “É natural que cresça o número de municípios por causa do clima mais propício à proliferação do mosquito”, explicou.
Das 91 cidades em risco de surto, a maioria está nos estados da Bahia, do Maranhão e de São Paulo (46). Nesses municípios, em cerca de 4% das casas e imóveis visitados pelos agentes de vigilância sanitária foram encontradas larvas do mosquito transmissor da doença.
“Como ainda estamos na metade de fevereiro, temos de manter o alerta e a mobilização, para que a gente chegue até o fim do verão [com queda de registros]”, disse Jarbas Barbosa.
Palmas tem a maior taxa de incidência da doença, com 743,7 casos por grupo de 100 mil habitantes. “A taxa superior a 300 casos por 100 mil habitantes é encarada como situação epidêmica”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Tocantins é, também, o estado com a maior incidência, 249,4 casos para cada 100 mil pessoas. A taxa nacional é 21,2 por 100 mil.
A incidência também aumentou em Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Sergipe. O levantamento mostra a predominância do vírus tipo 4 nas regiões Norte e Nordeste e do tipo 1 nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Os quatro tipos de vírus provocam os mesmos sintomas e nenhum é mais grave que o outro.
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, a maioria dos criadouros do mosquito foi encontrada em recipientes e depósitos de lixo. No Sudeste e no Sul, os focos principais são pratinhos de plantas, calhas entupidas e outros locais que acumulam água dentro das casas. No Nordeste, o problema maior está nas caixas d`águas.
Os dados mostram redução de 62% dos casos de dengue entre os dias 1º janeiro e 11 de fevereiro, equivalente a 40,4 mil casos, em comparação ao mesmo período de 2011, com 106,3 mil registros. O número de casos graves caiu 86% e o de mortes passou de 95 em 2011 para 32 no começo deste ano.

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Em Pernambuco, casos notificados de dengue em janeiro crescem 43,77%



O ano de 2012 começou com aumento no número de casos de dengue em Pernambuco. Segundo a Secretaria de Saúde, o estado registrou um crescimento de 43,77% na notificação de casos em janeiro, comparado com o mesmo período de 2011. Em todo o estado, foram notificados 1.800 casos em 72 munícipios, nos primeiros 21 dias do ano. Já com relação aos números gerais no Brasil, houve uma redução de 60%, segundo o Ministério da Saúde. 
Somente no Recife, foram notificados 531 casos neste primeiro mês do ano, mas a situação é mais preocupante no Sertão do estado, conforme alerta Eronildo Felisberto, secretário executivo de Vigilância em Saúde. "Em Exu, são cerca de 658 casos [notificados] para cada 100 mil habitantes, o que é uma situação de alerta. Precisamos intensificar as ações e também ter toda a atenção das unidades de saúde para receber os doentes caso seja preciso", acrescenta Felisberto.

Embora haja um aumento nas notificações, o número de casos registrados caiu. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em janeiro de 2011 foram confirmados 503 casos. Neste ano, nos primeiros 21 dias, foram 98.

Larvicida
Em alguns munícipios, há uma resistência do larvicida indicado pela Secretaria de Saúde. "Até o mês de março, nós pretendemos conseguir mudar o larvicida. O abastecimento de água é também um dos problemas que precisamos enfrentar, as pessoas acumulam água em casa, o que é um ambiente propício para as larvas do mosquito da dengue", alerta o secretário executivo.

A troca do larvicida deve ajudar a reduzir os casos. "Com o tempo, vamos percebendo que as larvas vão se tornando resistentes, como acontece com as bactérias e os antibióticos. Por isso, estamos fazendo a mudança. Acredito que até junho, todos os munícipios já devem estar com o novo", ressalta Felisberto. 
Carpina, Limoeiro, Salgueiro e Afogados da Ingazeira também apresentam altos índices de incidêncida da doença para cada 100 mil habitantes, estando em situação mais crítica do que a capital pernambucana. "Já estamos reforçando as ações devido a alta incidência de casos de dengue nesses locais para evitar a epidêmia", diz Felisberto.
A participação da população nas campanhas é também uma das dificuldades encontradas no combate à dengue, segundo a Secretaria de Saúde. "Cerca de 90% dos casos estão nas casas das pessoas, a população precisa ser parceira do governo no combate, ou não vamos conseguir", pondera o secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira.
As condições climáticas incomuns do começo de 2012 foram também apontadas como um dos principais motivos do aumento dos casos de dengue. "Foi um mês atípico, com chuva intercalada com sol, tendo aumentado assim o número de incidência da doença. Essa questão da dengue é um problema em toda a América Latina, devido a urbanização, a falta de fornecimento regular de água, falta de saneamento, entre outros", lembra Figueira.
Para combater a epidemia, o governo do estado vai intensificar as ações. Neste ano, serão investidos mais de R$ 11 milhões, entre verba do Ministério da Saúde e da secretaria. "O primeiro passo tem que ser o trabalho de campo municipal. É a atenção básica que precisa identificar os casos simples. Nós vamos intensificar as capacitações e fiscalização", explica o secretário de Saúde.
O valor vindo do Ministério da Saúde vai ser também direcionado para os fundos de saúde municipais, voltados específicamente para a dengue. "Desse fundo, vai sair a verba para a contratação de funcionários. Nosso plano de contigência conta com vigilância dos casos e dos focos, assistência ao paciente, comunicação dos casos e gestão integrada do plano, com implantação de comitês nos munícipios, ou seja, uma parceria dos munícipios e do estado", detalha Eronildo Felisberto.
A Secretaria de Saúde também pretende adquirir novos veículos para fiscalização, realizar a capacitação de mais de mil profissionais, contratar mais 37 pela secretaria e divulgar semanalmente boletins epidemiológicos. "Além disso, vamos descentralizar o diagnóstico sorológico para o Sertão, de acordo com a necessidade", acrescenta o secretário executivo Felisberto.
Capital
A Prefeitura do Recife já informou que vai contar com um acréscimo de 17,6% de agentes de Saúde Ambiental, visando intensificar o combate ao mosquito da dengue. Com isso, os mais de 800 agentes devem inspecionar cerca de 560 mil imóveis por mês, enquanto a capacidade anterior era de 480 mil.

Fonte: G1


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