quarta-feira, 23 de março de 2011

Dia Mundial da Água


Criado pela ONU em fevereiro de 1993, o Dia Mundial da Água (DMA) tem ganho relevo a cada ano transcorrido. Ontem, houve comemorações em inúmeras nações, abrangendo o meio ambiente e, em última instância, o próprio bem-estar da humanidade.
Anualmente, uma agência das Nações Unidas trata do tema nos meios de comunicação no dia 22 março, dando ênfase ao abastecimento de água potável; à conscientização da opinião pública sobre a importância da conservação, preservação e proteção da água, suas fontes e suprimentos; atuar, com o mesmo objetivo, junto aos governos, agências internacionais, organizações não-governamentais e o setor privado; e acentuar a participação e cooperação na organização das comemorações da data.

Este ano, o Dia Mundial da Água foi celebrado sob a égide da frase “Água limpa para um mundo saudável”, prática que vem sendo cumprida, ininterruptamente, desde 1994 (“Cuidar de nossos recursos hídricos é função de cada um”).

Os eventos dessa natureza chamam a atenção para a falta de água em diversos lugares do planeta, nos quais milhares de pessoas são penalizadas pela escassez desse bem indispensável à vida. É redundante ressaltar a sua relevância para a saúde, o conforto e a riqueza decorrente da sua boa utilização, o significado para a irrigação de culturas agrícolas, à produção de energia, o lazer, a navegação etc.

Outras funções lhes são inerentes, a exemplo da constituição celular de animais e vegetais (aspecto biológico); meio de vida e elemento integrante de ecossistemas (aspecto natural); do ponto de vista técnico, o aproveitamento das suas propriedades hidrostática, hidrodinâmica e termodinâmica, entre outros fatores necessários à produção em geral; e, por fim, o seu sentido simbólico por abrigar valores sociais e culturais.

O Brasil é um país privilegiado em termos de recursos hídricos, uma vez que possuímos 11,6% de toda a água doce existente no planeta. Temos, ainda, o Rio Amazonas, o mais extenso do mundo, e o maior reservatório subterrâneo do mundo, que é o Sistema Aquifero Guarani. Todavia, esse volume está mal distribuído no território nacional, pois 70% das águas doces estão localizadas na Amazônia, onde vivem apenas 7% da população brasileira, enquanto a Região Nordeste dispõe somente de 3%. Em nosso Estado existem apenas 1.320 litros de água/ano por habitante, quando deveria possuir pelo menos 2.000 litros.

No mundo, porém, outras nações sofrem de maior escassez, quando comparada à nossa situação, tanto que alguns futurólogos já admitiram que a próxima Guerra Mundial seria motivada pela posse de reservas de água. Independentemente de previsões catastróficas, o Dia da Mundial da Água tem um significado especial para toda a humanidade, devendo ser objeto de reflexão e preocupação geral em relação ao futuro da humanidade e do planeta Terra.
Fonte: Folha de PE

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sexta-feira, 18 de março de 2011

De olhos bem abertos: como evitar e tratar a conjuntivite


O que tem de gente com o olhar mareado e com o seu brilho ofuscado, não tá dando na literatura médica. Estratégias e disfarce não faltam e, na maioria dos casos, uma das soluções para o coitado é mesmo o confinamento domiciliar forçado. Quem imagina de que se trata de um surto de depressão coletiva está enganado. A situação em questão se refere aos casos de conjuntivite que têm deixado muita gente de óculos escuros.

Uma epidemia de conjuntivite foi decretada no Estado de São Paulo depois que surtos foram identificados no interior e se espalharam pelos litorais sul e norte até chegar na capital esse ano. Somente na capital paulista, os serviços de saúde receberam mais de 50.405 notificações de conjuntivite viral, de 1º de fevereiro até 15 de março, de acordo com o CCD (Centro de Controle de Doenças) da Coordenação de Vigilância em Saúde.

Sintomas e contágio

Olhos avermelhados, lacrimejando e com aquela irritante sensação de areia na vista quase sempre são sinais de conjuntivite, uma infecção numa das estruturas externas do olho – a conjuntiva. E existem vários tipos, como a viral - a mais comum-, a bacteriana, a alérgica e a química. Mas apenas as duas primeiras são contagiosas.

Exatamente por ter meios de contaminação tão banais e comuns, como a inocente coçadinha nos olhos, é que a conjuntivite faz tantas vítimas. “Mãos nos olhos, contato com pessoas contaminadas, ambientes fechados, tudo isso ajuda a propagar a conjuntivite. Por esses motivos é que a pessoa que está com conjuntivite viral ou bacteriana deve ficar afastada do trabalho e de locais públicos”, afirma o oftalmologista Paulo Polisuk. Outro meio bastante comum e quase inevitável de contaminação é o ar condicionado. “É um agente multiplicador da doença”, revela Renato Neves.

A conjuntivite é o melhor exemplo daquela história de que cada caso é um caso. A do tipo alérgica, por exemplo, possui todos os sintomas das outras, como vermelhidão e secreção, mas se diferencia pela coceira nos olhos. “Cada tipo de conjuntivite tem um tratamento. A causada por vírus é tratada com antiinflamatórios e a por bactérias, com antibióticos. No caso da alérgica deve ser detectado o agente causador da alergia e o paciente deve procurar um alergista. Já na química, é importante saber o que causou a irritação para poder tratá-la”, diz Paulo Polisuk, acrescentando ainda que a conjuntivite quando não é devidamente tratada pode gerar complicações que levam até ao comprometimento da visão. Então, usar o remédio que o seu colega de trabalho usou para a conjuntivite dele ou algum outro que já figura no seu arsenal farmacêutico é totalmente errado. “A automedicação sempre deve ser evitada. Alguns colírios à base de cortisona podem agravar ainda mais o quadro caso não sejam prescritos por um médico”, alerta Renato Neves.

Se proteger do contágio da conjuntivite pode parecer quase impossível. Mas, com algumas regras quase básicas de higiene, a doença pode ser evitada ou mesmo controlada. “Lavar as mãos e o rosto várias vezes ao dia, limpar os objetos de uso comum com álcool, as toalhas de rosto e fronhas devem ser trocadas diariamente e a pessoa contaminada deve ter esse tipo de material separado. Essas são algumas das medidas para prevenir a doença ou sua disseminação”, aponta o médico Renato Neves. Paulo Polisuk alerta também para o uso de lentes de contato: “Assim que a pessoa sentir algum desconforto ocular, o uso das lentes deve ser suspenso na hora”, diz ele, lembrando que a melhor maneira de combater a conjuntivite ainda é não fazer vista grossa para os seus sintomas.

Fonte: Click 21

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