quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mononucleose, a doença transmitida pelo beijo


Também conhecida como a doença do beijo, a Mono­nucleose Infec­ciosa é uma síndrome causada pelo vírus Epstein-Barr e incide com maior frequência em adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 25 anos de idade. Na infância, geralmente, acomete as crianças de forma pouco aparente.

Além do beijo, a mononucleose pode ser contraída através da tosse, espirro e objetos levados à boca, como copos e talheres. Devido à sua forma de contágio, a doença é muito comum em períodos festivos como o carnaval. Segundo o médico infectologista Moacir Jucá, a doença pode acontecer tanto de forma clínica leve, como grave, e apesar do contágio acontecer de forma semelhante à gripe, o Epstein-Barr é um vírus menos contagioso, o que faz com que seja possível haver contato com pessoas infectadas e não se contagiar.

“O quadro clínico da mono­nucleose infecciosa manifesta-se com dor de garganta, farin­goamigdalite, linfadeno­patia generalizada e espleno­megalia (aumento do baço). Mal-estar e cansaço são quei­xas frequentes, além de cefaléia (dor de cabeça), falta de apetite, náuseas, dores musculares, dores nas articulações, febre e calafrios”, relata o médico. De acordo com o infectologista, de 80% a 85% dos casos de mononucleose apresentam dor de garganta, sintoma mais frequente. Já a febre é verificada na minoria dos casos e não tem padrão característico, podendo ser de baixa ou alta intensidade (40ºC), geralmente de evo­lução prolongada. A duração do quadro clínico é de, aproximadamente, três semanas. Po­rém, o mal-estar, o desânimo e o cansaço podem manter-se por semanas ou meses.

Fonte: Folha de PE

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Esquistossomose: casos serão quantificados


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou um estudo para identificar o número de casos de esquistossomose no país. O trabalho deve terminar em 2012. Os últimos levantamentos nacionais foram feitos em 1950 e no final da década de 70, quando entrou em vigor o programa nacional de controle da doença.

Desde então, pesquisadores alegam que não é possível saber a incidência da doença no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que existam de 2,5 milhões a 6 milhões de brasileiros infectados e 25 milhões correm o risco de contrair a doença por viverem em áreas rurais ou periferias urbanas.

O novo levantamento prevê exames em 225 mil alunos, de 7 a 14 anos, de 542 municípios de todos os estados. Adultos passarão por ultrassonografias para saber a gravidade das lesões provocadas pela doença.

A coordenação nacional do trabalho ficou a cargo do professor Naftale Katz, do Laboratório de Esquistossomose da Fiocruz em Minas Gerais. Na Região Nordeste, por exemplo, o estudo engloba Pernambuco, Alagoas, a Paraíba e o Rio Grande do Norte, estados com grande incidência da doença, sob orientação da unidade pernambucana da Fiocruz.

O projeto foi iniciado, em outubro passado, em Camaragibe, na região metropolitana de Recife (PE), com 820 alunos de escolas públicas e particulares. Foram coletadas amostras de fezes dos estudantes, que receberam informações sobre a doença. O material está sendo analisado em laboratório. O levantamento está orçado em R$ 3,5 milhões.

Conhecida popularmente por barriga d'água, a esquistossomose é transmitida quando ovos do verme são eliminados pelas fezes humanas. Em contato com a água, os ovos liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários, que vivem em água doce. Os caramujos, por sua vez, soltam as larvas que infectam o homem por meio do contato com a água.

Os sintomas são diarreia, febre, cólica, dores de cabeça, náusea, tontura, emagrecimento, hemorragia, vômitos e fezes escurecidas. A forma grave da doença pode matar. Não existe vacina contra a esquistossomose. A prevenção mais eficaz é evitar o contato com águas onde existam caramujos infectados.

Fonte Click 21

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