terça-feira, 28 de setembro de 2010

Gene defeituoso pode ser a causa da enxaqueca, diz estudo


Segundo o estudo publicado na revista Nature Medicine, o mau funcionamento de um gene conhecido como Tresk faz com que fatores do ambiente ativem áreas do cérebro que controlam a dor, causando a enxaqueca.

A equipe responsável pela pesquisa, formada por especialistas de diferentes países, utilizou amostras de DNA de pessoas que sofrem da doença e de seus familiares.

Segundo o pesquisador da Universidade de Oxford Zameel Cader, que participou do estudo, o gene Tresk estava inativo nos pacientes, o que causava a enxaqueca. "O que nós queremos é encontrar um remédio que ative o gene", disse Cader à BBC.

"Estudos anteriores haviam identificado partes do nosso DNA que aumentam o risco na população em geral, mas eles não haviam encontrado genes que pudessem ser diretamente responsáveis pela enxaqueca", afirmou Cader.

"O que nós descobrimos é que a enxaqueca parece depender do quão estimuláveis são os neurônios em partes específicas do cérebro".

Estima-se que uma em cada cinco pessoas sofra de enxaqueca. Em vários casos, a dor de cabeça vem acompanhada de náusea e de sensibilidade à luz. Em outros, ela é precedida por um distúrbio sensorial conhecido como aura, identificado pela percepção de uma luz ou de um cheiro estranho.

"(A descoberta) abre avenidas para se planejar novas pesquisas que poderão, então, levar a novos tratamentos, mas certamente este será um longo caminho", diz o médico Aarno Palotie, do Wellcome Trust Sanger Institute.

Fonte: BBC Brasil

Continue lendo >>

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Grandes doses de vitamina B podem atrasar ou deter o Alzheimer, diz estudo


Dose maciças de vitamina B podem atrasar e inclusive deter o Alzheimer em pessoas idosas, segundo estudo publicado na revista científica online "Public Library of Science One".

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, com colaboração de cientistas noruegueses, descobriu que caso sejam tomadas grandes doses de vitaminas B diariamente, a redução do tamanho do cérebro que acontece com a idade é atrasada.

Em teste que durou dois anos e contou com a participação de 168 idosos, foi constatada uma redução de até 50% no ritmo de atrofia do cérebro, e uma média de 30%.

Aproximadamente 14 milhões de europeus e cinco milhões de americanos têm problemas de memória e outras funções mentais, conhecidas como Deterioração Cognitiva Ligeira, que podem evoluir para Alzheimer.

Entretanto, os pesquisadores mostram prudência, e dizem que é prematuro recomendar a ingestão desse tipo de suplementos vitamínicos aos anciãos antes de realizar novos estudos e pesar riscos e benefícios.

Nos testes médicos efetuados, foram utilizadas doses 300 vezes superiores à ingestão recomendada da vitamina B12 e quatro vezes os níveis recomendados de ácido fólico.

Isso significa que a vitamina foi usada como um fármaco, e não como um suplemento vitamínico, o que requer testes para saber se há riscos associados.

A vitamina B é encontrada de forma natural na carne e cereais integrais, e contribui para crescimento e divisão das células, além de fortalecer o sistema imunológico e manter pele e a estrutura óssea saudáveis.

Os pesquisadores administraram doses diárias da vitaminas B12, B6 e B9 (ácido fólico) a um grupo de 84 pessoas enquanto outro grupo recebeu um placebo.

Depois de dois anos, os dados apontados demonstraram que os cérebros dos tinham tomado as vitaminas tinham reduzido menos - apenas 0,76% ao ano - que os do placebo (1,08% por ano), o que representa uma diferença de 31%.

No caso dos idosos que melhor responderam ao tratamento, o ritmo de redução do cérebro diminuiu 53%.

Os pesquisadores acreditam que as vitaminas B diminuíram a atrofia cerebral, reduzindo os níveis de um aminoácido presente no sangue, conhecido por homocisteína.

As pessoas que tinham os níveis mais altos de homocisteína no sangue foram as que mais se beneficiaram.

Segundo o professor David Smith, do Departamento de Farmacologia da Universidade de Oxford, um dos responsáveis pela pesquisa, "os resultados são espetaculares".

"Esperamos que este tratamento simples e seguro atrase o desenvolvimento da doença de Alzheimer em pessoas que sofrem ligeiros problemas de memória", disse Smith.

Para este cientista, a questão fundamental é saber se a Deterioração Cognitiva Ligeira é só o começo da doença de Alzheimer, ou seja, se é um processo contínuo e progressivo, como ele mesmo suspeita.

Font
e: Agencia EFE

Continue lendo >>