terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Cientistas britânicos desenvolvem 'osso injetável'


A substância tem a textura de um creme dental e forma uma espécie de "molde" biodegradável, ao redor do qual o tecido ósseo cresce e se recompõe.

Segundo os pesquisadores, a nova técnica poderia substituir os dolorosos enxertos ósseos em muitos casos.

Eles agora devem iniciar os primeiros testes com pacientes na Grã-Bretanha, com esperança de começar a usar o material regularmente nos Estados Unidos dentro dos próximos 18 meses.

Sem cirurgia

De acordo com os cientistas, a vantagem da nova técnica em relação aos preenchimentos tradicionais está no processo de enrijecimento.

O preenchimento convencional esquenta enquanto endurece, destruindo as células próximas, o que impede o seu uso em algumas partes do corpo.

Já o polímero desenvolvido na Grã-Bretanha começa a endurecer apenas quando entra em contato com a temperatura do corpo.

Além disso, o próprio processo de inserção é mais fácil, pois não necessita uma incisão cirúrgica, segundo o chefe da pesquisa, Kevin Shakesheff.

Os enxertos tradicionais utilizam pedaços de ossos retirados de outra parte do corpo para preencher as fraturas.

"Hoje em dia, além de sofrerem uma cirurgia, os pacientes ficam com uma parte do corpo relativamente danificada. Nosso método evitaria isso", explicou Shakesheff.

"Acreditamos que podemos apenas inserir uma agulha, levá-la ao ponto certo e injetar o polímero, que então vai preencher a área fraturada e endurecer em poucos minutos. Como ele não esquenta, as células ósseas ao redor sobrevivem e conseguem recompor o tecido."

Futuro

O cientista reconhece, no entanto, que o material tem limitações, como a maneira como "cola" ao osso.

Segundo ele, uma fratura grave na perna, por exemplo, ainda necessitaria de pinos para evitar um colapso quando o paciente tentar andar.

Mas Shakesheff lembra que o fato de o polímero não esquentar possibilita que no futuro ele seja usado em outros tipos de processos reparatórios em várias partes do corpo, inclusive o coração.

O novo material rendeu à equipe de Nottingham o prêmio Medical Futures, que honra as invenções médicas mais importantes do ano.

Fonte: BBC Brasil

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Aquecimento global é discutido em conferência na Polônia



Nove mil delegados de 186 países discutem na Polônia como reduzir as emissões de gases poluentes para controlar o aquecimento global.

Fonte: Agência Brasil

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Cientistas criam técnica para ilusão de 'troca de corpos'


A técnica desenvolvida por uma equipe do Insituto Karolinska, de Estocolmo, foi descrita em um artigo publicado no último número da revista científica Public Library of Science One.

Segundo os autores do estudo, a técnica pode ajudar pesquisadores a entender a maneira como o cérebro humano estabelece o sentido de identidade e poderá ajudar no desenvolvimento prático de aplicações de realidade virtual e de tecnologias robóticas.

Ela também poderia ajudar nos tratamentos de dores ‘fantasma’, sentidas em membros amputados.

Câmeras

Para criar a sensação de troca de corpos, os cientistas primeiro instalaram câmeras nos lugares dos olhos de um boneco de plástico, conectadas a duas pequenas telas colocadas em frente aos olhos dos voluntários, para que eles tivessem a visão que os bonecos teriam.

Quando as câmeras eram movimentadas para baixo junto com a cabeça do voluntário, eles passavam a ver o corpo do boneco no lugar de seu próprio corpo.

Os cientistas tocavam então as barrigas dos dois com varetas. O voluntário podia ver a barriga do boneco sendo tocada, ao mesmo que tinha a sensação de ser tocado pela vareta encostada em sua própria barriga.

Como conseqüência, eles desenvolviam uma forte sensação de que o corpo do boneco era seu próprio corpo.

Numa segunda experiência, as câmeras eram colocadas sobre os olhos de outra pessoa. As duas pessoas – uma com as câmeras sobre os olhos e outra com as telas sobre os olhos – eram colocadas então frente a frente e levadas a apertarem as mãos.

O voluntário com as telas em frente aos olhos tinha a sensação de que as mãos da outra pessoa eram suas e se via apertando as próprias mãos.

Reações de stress

Os cientistas comprovaram a eficácia da técnica ao verificar reações de estresse nos voluntários quando apontavam facas para os braços das pessoas com as câmeras sobre os olhos, ausentes quando as facas eram apontadas para seus próprios braços.

“Esta experiência mostra como é fácil mudar a percepção que o cérebro tem da própria identidade”, comentou o coordenador do estudo, Henrik Ehrsson. “Ao manipular as impressões sensoriais, é possível induzir a pessoa não só a pensar que deixou o próprio corpo, como também que entrou em corpos de outras pessoas.”

A experiência obteve os mesmos resultados quando as duas pessoas tinham aparências diferentes ou mesmo quando eram de sexos diferentes.

Os cientistas não conseguiram, porém, fazer os voluntários se identificarem com objetos sem a forma humana, como cadeiras ou um bloco de madeira.

Fonte: BBC Brasil

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Plano estabelece que Brasil deve reduzir desmatamento entre 30% e 40% até 2017

Brasília - O Plano Nacional de Mudança do Clima traz, pela primeira vez, metas para redução de emissões de gás carbônico pelo Brasil, principalmente as provocadas pelo desmatamento.

De acordo com o plano, que será assinado daqui a pouco pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em solenidade no Palácio do Planalto, até 2017 o país deve diminuir o desmatamento entre 30% e 40%. Essas metas poderão evitar a emissão de 4,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono.

No Brasil, o desmatamento é responsável por 75% das emissões de gases causadores do efeito estufa. O cálculo para a queda da devastação leva em conta metas avaliadas a cada quatro anos.

Em entrevista antes da assinatura do plano, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ressaltou que a definição de metas – que enfrentava resistência no governo brasileiro – só foi possível “porque mudou a relação política dentro do governo para isso”. Segundo ele, também "mudou a percepção da sociedade e da academia sobre o tema”.

O plano deve ser uma das cartas na manga do Brasil durante a negociação de um novo acordo global sobre o clima, que começou hoje (1º) em Póznan, na Polônia.

Fonte: Agência Brasil

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