sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Brasileiros e argentinos encontram nova espécie de dinossauro



RIO DE JANEIRO (Reuters), 15 de outubro - Um grupo de paleontólogos do Brasil e da Argentina anunciou nesta segunda-feira a descoberta do mais completo esqueleto de uma nova espécie de dinossauro gigante, da linhagem dos titanossauros.
O Futalognkosaurus dukei, um herbívoro que viveu na região hoje correspondente ao norte da Patagônia cerca de 80 milhões de anos atrás, tinha entre 32 e 34 metros, tamanho semelhante ao do Cristo Redentor.
O nome dele compõe-se de uma parte inspirada na língua indígena mapuche, e que significa "o chefe gigante dos lagartos", e de uma referência à empresa de energia norte-americana Duke Energy Corp, que patrocinou uma grande parte das escavações na Argentina.
Segundo o paleontólogo argentino Juan Porfiri, 70% do fóssil estavam preservados, uma cifra significativa diante da marca de cerca de 10 por cento relativa ao que se conseguiu encontrar de outros esqueletos de dinossauros no mundo. "Trata-se de uma nova espécie, de um novo grupo", afirmou.
Alexandre Kellner, pesquisador do Museu Nacional no Rio de Janeiro, acrescentou: "Temos todas as vértebras entre a primeira do pescoço e a primeira da cauda, o que poderá nos permitir reavaliar outros dinossauros."
"Além disso, encontramos um acúmulo de fósseis de peixes e de folhas, bem como os restos de outros dinossauros no local da descoberta, o que é algo fantástico. É bastante raro encontrar os dinossauros e as folhas juntas. Isso nos deixou muito contentes", afirmou.
Os pesquisadores disseram que a carcaça do gigantesco dinossauro, morto de causas desconhecidas e que teve sua carne devorada por predadores, acabou sendo levada para um rio de correntezas mansas existente nas proximidades.
Ali, o esqueleto transformou-se em uma espécie de obstáculo, acumulando ossos e folhas em sua estrutura durante vários anos antes de fossilizar-se.

Por Andrei Khalip

Fonte:Click21

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Buraco no ozônio da Antártida em 2007 é ‘relativamente pequeno’


GENEBRA (Reuters), 16 de outubro - O buraco na camada de ozônio existente sobre a Antártida está "relativamente pequeno" neste ano, com cerca de 25 milhões de quilômetros quadrados, mas ainda levará décadas até que consiga recuperar-se, afirmou na terça-feira a Organização Mundial de Meteorologia (OMM).
O buraco, cujo tamanho equivale ao da América do Norte, apareceu mais cedo que o costume em 2007, surgindo em agosto, e é o terceiro menor da última década.
"O buraco na camada de ozônio da Antártida em 2007 é relativamente pequeno. Isso, no entanto, não deve ser interpretado como um sinal de recuperação dela", afirmou a jornalistas Geir Braathen, cientista da OMM.
A camada desse gás protege a Terra dos nocivos raios ultravioletas, que podem causar câncer de pele.
O tamanho do buraco em 2007 deve-se às temperaturas relativamente amenas na estratosfera da Antártida durante o inverno. As baixas temperaturas intensificam o processo de perda de ozônio, explicou o cientista.
A OMM e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) disseram que a camada de ozônio deve regressar, até 2049, a seus níveis pré-1980 em grande parte da Europa, América do Norte, Ásia, Austrália, América Latina e África. Mas na Antártida a recuperação deve demorar até 2065.
No entanto, o volume crescente de gases do efeito estufa na atmosfera pode fazer que com que os buracos na camada de ozônio aumentem ainda mais nas próximas décadas.
Por Stephanie Nebehay


Fonte:Click21

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Descoberta de gene mostra que neandertais podem ter falado

LONDRES (Reuters), 18 de outubro - Os neandertais, freqüentemente mostrados como brutalhões não-civilizados que só davam uns grunhidos, podem ter sido capazes de falar de forma sofisticada, disseram pesquisadores na quinta-feira.

Uma análise de DNA mostrou que os homens de Neandertal têm em comum com os seres humanos duas mudanças essenciais no gene FOXP2, envolvido na fala, o que suscita a possibilidade de que a espécie tivesse alguns dos pré-requisitos para a linguagem, afirmaram os pesquisadores.

"Do ponto de vista desse gene, pelo menos, os neandertais podem ter tido linguagem como nós", disse Johannes Krause, bioquímico do Instituto Max Planck, em Leipzig, que comandou o estudo.
Mas muitos genes ainda desconhecidos podem estar por trás da habilidade para a linguagem, acrescentaram os cientistas.

O FOXP2 produz uma proteína que liga e desliga outros genes, e as pessoas que possuem uma cópia defeituosa do gene apresentam problemas de fala e de linguagem.
Vários animais, de camundongos a orangotangos, possuem o gene, e os cientistas acreditavam que uma mudança relativamente pequena no FOXP2 tenha acontecido junto com o surgimento dos seres humanos, menos de 200 mil anos atrás.

A descoberta publicada na Current Biology sugere que a variação genética tenha ocorrido muito antes, talvez até 400 mil anos atrás.
"Ficamos surpresos de encontrar a mesma variante do gene FOXP2 que os humanos possuem", disse Krause. "Isso sugere que o último ancestral comum entre os neandertais e os seres humanos tivesse esse gene."

Os neandertais são uma ramificação da linhagem humana que acabou extinta. Eles habitavam a Europa e partes da Ásia ocidental e central. As pesquisas indicam que eles eram bons fabricantes de ferramentas, usavam peles animais para se manter aquecidos e cuidavam uns dos outros.

A maioria dos pesquisadores acredita que os neandertais sobreviveram na Europa até a chegada dos seres humanos modernos, há cerca de 30 mil anos, embora descobertas polêmicas no ano passado tenham sugerido que eles possam ter sobrevivido até 24 mil anos atrás.

No estudo, os pesquisadores extraíram DNA de uma amostra de restos mortais de homens de Neandertal recentemente escavados no norte da Espanha. Como os ossos estavam muito bem preservados, os cientistas conseguiram também obter DNA nuclear das amostras, abrindo caminho para uma compreensão mais completa da evolução humana e neandertal, disse Krause. "Agora podemos estudar todos os genes neandertais em que estivermos interessados."
Por Michael Kahn

Fonte:Click21

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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Homenagem ao Dia do Professor

O Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a idéia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase " Professor é profissão. Educador é missão". Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Fonte:Wikipédia

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sábado, 13 de outubro de 2007

Descoberto na Síria muro com pintura mais antiga do mundo


DAMASCO, Síria (Reuters), 11 de outubro - Arqueólogos franceses desenterraram no norte da Síria um muro de 11 mil anos pintado em vermelho, preto e branco, um artefato que, segundo disseram, é o mais antigo do mundo desse tipo, apesar de se parecer com uma obra de arte moderna.

A pintura de 2 metros quadrados foi encontrada debaixo de uma camada de terra em um sítio arqueológico do Neolítico, em Djade al-Mughara, à margem do rio Eufrates (a nordeste da cidade de Aleppo), afirmou à Reuters o chefe da missão, Eric Coqueugniot.

"A aparência lembra a de pinturas modernistas. Alguns acharam semelhança com o trabalho de Klee. Por meio da datação por carbono, descobrimos que é de cerca de 9.000 a.C.", disse Coqueugniot.

Coqueugniot referia-se ao pintor suíço-alemão Paul Klee, que teve ligações com a escola Bauhaus e foi um representante de peso do movimento modernista na Alemanha.

"Encontramos uma outra pintura perto dela. Mas essa só será retirada no próximo ano. Esse é um trabalho demorado", afirmou o arqueólogo, que trabalha no Centro Nacional de Pesquisas Científicas, um órgão da França.

Os retângulos dominam a pintura milenar, que fazia parte de um muro de adobe circular presente em uma grande casa com teto de madeira. As escavações na área começaram no início dos anos 1990.

A imagem foi restaurada e será levada ao museu de Aleppo em 2008, disse Coqueugniot.

A pintura em muro tida antes como a mais antiga do mundo havia sido encontrada na Turquia. Essa, no entanto, foi realizada 1.500 anos depois daquela de Djade al-Mughara, segundo a revista Science.

Os moradores de Djade al-Mughara viviam da caça e da ingestão de plantas selvagens. Pareciam fisicamente com o homem dos dias modernos, mas não conheciam a agricultura e nem a criação de animais, disse o arqueólogo.

"Havia um motivo para que uma pintura desse tipo fosse feita em uma casa que parecia ser comunitária. Mas não sabemos qual é esse motivo. O vilarejo acabou sendo abandonado e a casa, preenchida com lama", contou.

"Esse local parece ser um dos muitos ocupados por vilarejos neolíticos na área em que hoje estão a Síria e o sul da Turquia. Esses vilarejos parecem ter mantido ligações uns com os outros e realizado trocas pacíficas", disse Coqueugniot.

Por Khaled Yacoub Oweis

Fonte:Click21

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quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Gases do efeito estufa atingiram níveis perigosos, diz cientista

SYDNEY (Reuters), 9 de outubro - O boom da economia global levou a emissão de gases do efeito estufa a um perigoso patamar que só era esperado dentro de uma década e que poderá gerar danos climáticos potencialmente irreversíveis, afirmou um dos maiores cientistas da Austrália.

Tim Flannery, um especialista em questões climáticas reconhecidas mundialmente e vencedor do Prêmio Australiano do Ano em 2007, afirmou que o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas a ser divulgado em novembro mostrará que os gases do efeito estufa já atingiram níveis perigosos.
Segundo Flannery, o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) mostrará que os gases do efeito estufa presentes na atmosfera na metade de 2005 haviam atingido uma concentração de cerca de 455 partes por milhão de dióxido de carbono equivalente - um cenário previsto para instalar-se daqui a 10 anos.
"Acreditamos que chegaríamos a esse limiar em cerca de uma década", disse Flannery a canais de TV australianos na noite de segunda-feira. "Segundo o relatório, a quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera já está acima do limite e já há a possibilidade de haver mudanças climáticas perigosas." Flannery, da Universidade Macquarie, disse ter visto os dados que integrarão o documento do IPCC.
O cientista afirmou que a expansão da economia global, com destaque para a China e a Índia, é um fator de peso por detrás da inesperada aceleração dos níveis de concentração dos gases do efeito estufa. Representantes de todo o mundo reúnem-se em dezembro, em Bali (Indonésia), a fim de dar início a negociações sobre um acordo capaz de substituir o Protocolo de Kyoto, que fixa limites compulsórios de emissão e que deixa de vigorar em 2012.

Por Michael Perry

Fonte:Click21

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domingo, 7 de outubro de 2007

Cientistas apontam redução dramática em gelo do Ártico

WASHINGTON (Reuters), 2 de outubro - O gelo do Ártico diminuiu neste ano para o menor nível registrado desde o início das medições por satélite, na década de 1970, mantendo a tendência provocada pelo aquecimento global - inclusive com causas humanas -, disseram cientistas na segunda-feira.
A redução foi tamanha que a chamada Passagem Noroeste, normalmente coberta de gelo, foi aberta pela primeira vez desde que se tem lembrança, permitindo que barcos navegassem por essa rota do Atlântico para o Pacifico e vice-versa, segundo pesquisadores. O Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos EUA, ligado à Universidade do Colorado, em Boulder, costuma medir o gelo do Ártico durante o degelo anual, entre março e setembro.
A extensão média em setembro, auge do degelo, caiu para 4,28 milhões de quilômetros quadrados, superando em quase um quarto o recorde negativo anterior, estabelecido dois anos antes, segundo os pesquisadores. "No geral, houve uma tendência de queda aguda e significativa desde que começamos a receber bons dados de satélites, a partir de 1979", disse por telefone Walt Meier, um dos pesquisadores envolvidos. "Pegamos agora os números finais para este setembro, e é um recorde negativo realmente dramático.
Não só quebrou o recorde, esmagou o recorde. Este ano simplesmente obliterou todo o resto." No mês passado, a extensão do gelo no Ártico era 39% inferior à média de longo prazo entre 1979 e 2000, segundo os cientistas. Paralelamente, um estudo liderado pela Nasa documentou uma perda de 23% na cobertura permanente de gelo do Ártico ao longo dos últimos dois invernos. A redução do gelo perene no inverno é uma das principais causas do recuo tão rápido do verão passado e, conseqüentemente, do recorde negativo de cobertura de gelo na região. As conclusões dos cientistas foram publicadas na revista Geophysical Research Letters.
Meier disse que não será surpreendente se nos próximos 25 anos - bem antes que o previsto, portanto - o Ártico não tenha mais gelo durante o verão. "Não acho que a gente chegasse a esse tipo de situação se não houvesse temperaturas se aquecendo", disse Meier, citando as emissões humanas de dióxido de carbono e de outros gases do efeito estufa como causas.
Por Will Dunham



Fonte:Click21

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quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Cientistas brasileiros pesquisam 'inseticida anti-dengue'

Cientistas da Universidade do Sul de Santa Catarina e da Universidade Federal de Pernambuco estão trabalhando no desenvolvimento de um inseticida que mata as larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue.

"Nossa idéia é desenvolver um larvicida barato e viável para a população", afirmou a coordenadora das pesquisas da Unisul, Onilda Silva. A bióloga explica que os inseticidas disponíveis ou são importados e, portanto, têm um custo muito alto ou são muito tóxicos e acabam afetando outras espécies. "Já fizemos extensivos testes e os extratos das plantas matam as larvas, mas ainda temos muita coisa a fazer (até a aprovação)", disse Onilda. Se os testes previstos forem bem-sucedidos, o inseticida será submetido à aprovação do Ministério da Saúde no final de 2008 e, no caso de ser aprovado, poderá ser comercializado no início de 2009. Os pesquisadores estão estudando a combinação de doses de duas substâncias naturais - a andiroba e o cinamomo - com uma terceira substância produzida sinteticamente a partir de componentes naturais, que ainda está sendo desenvolvida pela equipe da Federal de Pernambuco. Segundo Onilda, a combinação das substâncias aumentaria a eficácia do inseticida em relação aos que são feitos à base de um único componente. "(Nos inseticistas de uma só substância), é muito fácil para o organismo do mosquito adquirir resistência. Quando você tem uma associação de vários componentes químicos, os insetos apresentam lento processo de desenvolvimento de resistência." A pesquisadora ressalta ainda que todas as substâncias usadas na fórmula têm baixíssima ou nenhuma toxicidade para seres humanos. A andiroba, por exemplo, é usada em cosméticos mundialmente. As substâncias seriam injetadas em cápsulas biodegradáveis, o que atende às preocupações em relação ao meio ambiente - uma tendência dos novos inseticidas, segundo Onilda. "A moda é trabalhar com componentes naturais. O mundo inteiro está se voltando para isso e a gente (o Brasil) tem muito recurso natural disponível." O projeto destacado pela agência Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) conta com com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 438.949 casos de dengue nos de janeiro a julho deste ano, um aumento de 45% em relação ao mesmo período de 2006".


Fonte:BBCBrasil

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terça-feira, 2 de outubro de 2007

Vaticano sedia conferência de astronomia


O Vaticano está sediando, em Roma, uma conferência científica que reúne mais de 200 astrônomos de 26 países, incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Rússia e Japão.

Durante o encontro de cinco dias, na Universidade Papal, os cientistas vão usar fórmulas e simulações matemáticas para discutir as origens do universo, especialmente a formação e evolução de galáxias, estrelas e planetas.

É a segunda vez em sete anos que o Vaticano organiza um evento do tipo. Segundo o padre José Funes, chefe do Observatório do Vaticano, importantes descobertas foram feitas com a ajuda de telescópios desde o último encontro astronômico do Vaticano, em 2000, e há muito para ser discutido.

O padre Funes lidera uma equipe de 13 cientistas, a maioria padres jesuítas, para realizar seus programas de pesquisa astronômica e coopera com renomadas universidades em várias partes do mundo.

Um dos integrantes do grupo, frei Guy Consolmagno, explica as motivações da Igreja para financiar pesquisas científicas depois de séculos de discussões a respeito dos papéis da ciência e da religião: "Eles (o Vaticano) querem que o mundo saiba que a Igreja não tem medo da ciência".

"Esse é nosso modo de ver como Deus criou o Universo e eles (o Vaticano) querem deixar o mais claro possível que a verdade não contradiz a verdade; que se você tem fé, você nunca vai temer o que a ciência vai revelar, porque é verdade", diz o frei.

Calendário

A Igreja Católica começou a se interessar seriamente pelo estudo de astros e galáxias quatro séculos atrás, quando o Papa Gregório 13º instituiu um comitê para examinar os efeitos para a ciência de sua reforma do calendário.

Em 1582, o Papa substituiu o calendário juliano, que vigorava desde os tempos de Júlio César, pelo calendário gregoriano, mais correto cientificamente e usado até hoje.

Mas que pode ser considerado o primeiro observatório astronômico do Vaticano foi criado apenas em 1789 em um prédio chamado de Torre dos Ventos, que ainda existe perto do Palácio Apostólico.

Um século depois, em 1891, o Papa Leo 13º, numa tentativa de contrabalançar a percepção de uma suposta hostilidade da Igreja em relação à ciência, criou outro pequeno observatório numa montanha atrás do Domo da Basílica de São Pedro.

Por causa do crescimento de Roma e do aumento da poluição, que atrapalhava a visibilidade das estrelas, os telescópios do Vaticano mudaram de lugar diversas vezes. Desde 1981, o Vaticano escolheu a cidade americana de Tucson, no Arizona, como base para seu grupo de pesquisas astronômicas. É lá que fica hoje o telescópio de tecnologia avançada do Vaticano.

Fonte:BBCBrasil

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